Militante comunista fez-se ouvir mas, como de costume, ninguém a percebeu.

Odete Santos saiu ontem indignada das instalações da RTP, depois de anunciada a vitória de António de Oliveira Salazar no concurso televisivo "Os Grandes Portugueses".
Depois de partir os candeeiros da rua e de fazer o '4' para provar que não estava bêbeda, a deputada gritou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho: «É uma vergonha! Numa votação em que há pessoas que podem votar 100 vezes, é natural que ganhe o Salazar, que já tinha experiência de ganhar eleições dessa forma! Por essas e por outras é que o meu Cunhalinho seria contra isto! Se a votação não for de braço no ar, como é que sabemos quem havemos de mandar para a Sibéria?»

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Livros deixam de estar na rua, passa a estar a escritora.

O sucesso avassalador dos livros de Carolina Salgado, Maria Porto e Bruna Surfistinha três ex-prostitutas/alternadeiras cujas obras são verdadeiras campeãs de vendas, levou Margarida Rebelo Pinto a anunciar que se vai dedicar à prostituição.


Em exclusivo para o Jornal do Fundinho, Margarida revelou: «Vou fazer exactamente o mesmo que elas, só que ao contrário: vou fazer aos meus clientes aquilo que já faço à língua portuguesa!»

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Não existe blackout, mas também não houve declarações.

No rescaldo da vitória por 1-0 do Sporting, ontem, no Estádio do Dragão, todos parecem considerar que uma das principais causas para o triunfo 'leonino' foi a superiorização táctica de Paulo Bento sobre o treinador do FC Porto.
O Jornal do Fundinho tentou obter uma reacção deste aos comentários dos analistas, mas Vitor Baía mandou dizer que não estava.

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Na data escolhida para celebrar o Dia Internacional da Mulher, há quem não deixe esquecer o flagelo do abandono de mulheres no nosso país.

Existem, em Portugal, cerca de um milhão de mulheres abandonadas. Foi este, pelo menos, o número apurado pela Associação Mulher, há cerca de dois anos. Desconhece-se qual será a realidade actual, mas é um facto que a chegada do Verão, em particular, significa um aumento substancial de mulheres que são abandonadas. Ou os maridos se esquecem de prever as férias com elas, ou não têm dinheiro para colocá-las em centros de acolhimento ou, simplesmente, fartaram-se daquela que, durante muito tempo, não foi mais do que um brinquedo.
Rute Vanessa, directora-executiva da Associação Mulher, lembra - em exclusivo para o Jornal do Fundinho - que «o abandono é sempre cruel, mas há situações de especial crueldade». Aponta, em particular, os inúmeros casos de mulheres que são atiradas de carros na auto-estrada, acabando muitas vezes por serem atropeladas.
Também existem casos de maridos que atiram as mulheres de pontes, assegurando-se, dessa forma, «que elas nunca mais voltam para a sua residência», acrescenta Vanessa. Outras situações há de maridos que vão de férias e deixam as mulheres fechadas em casa, muitas vezes à fome e à sede. «Portugal é isto. É medieval em muitos sentidos», refere Rute Vanessa, que deixa um conselho aos homens: «Se não puderem ou não quiserem levar a mulher convosco, devem procurar um hotel ou pensão que inspire confiança. Assim, podem ir de férias de uma maneira responsável».
Hermínia Fanhões, representante da Liga Portuguesa para a Protecção da Mulher, dá outra ideia: «No estrangeiro, é muito comum os vizinhos combinarem uns com os outros. Quando um vai de férias, o outro fica com a mulher do amigo». No seu entender, as autarquias «deviam facilitar a vida aos maridos, criando serviços de hospedagem, a preços convidativos».
Mas a questão parece ser, sobretudo, cultural. Por exemplo, em Portugal, a maioria dos parques de campismo não aceita mulheres. «No estrangeiro, entram em todo o lado. Até nos restaurantes e hotéis», conclui Hermínia Fanhões.

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Recepção entusiástica ao Benfica deixa defesa-central embriagado de esperança.

O Benfica chegou hoje a França, onde vai defrontar o Paris St. Germain em encontro da Taça UEFA, e foi recebido no aeroporto por uma multidão de adeptos eufóricos.
Quase todos os jogadores benfiquistas, aliás, se mostraram bastante satisfeitos por verem ali aquelas três dezenas de apoiantes do clube. A excepção foi o brasileiro Luisão, que declarou, efusivamente, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, «Eu contei pelo menos 60, hic!»

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