Mulheres continuam a ser abandonadas em Portugal
08 março, 2007
Na data escolhida para celebrar o Dia Internacional da Mulher, há quem não deixe esquecer o flagelo do abandono de mulheres no nosso país.
Existem, em Portugal, cerca de um milhão de mulheres abandonadas. Foi este, pelo menos, o número apurado pela Associação Mulher, há cerca de dois anos. Desconhece-se qual será a realidade actual, mas é um facto que a chegada do Verão, em particular, significa um aumento substancial de mulheres que são abandonadas. Ou os maridos se esquecem de prever as férias com elas, ou não têm dinheiro para colocá-las em centros de acolhimento ou, simplesmente, fartaram-se daquela que, durante muito tempo, não foi mais do que um brinquedo.
Rute Vanessa, directora-executiva da Associação Mulher, lembra - em exclusivo para o Jornal do Fundinho - que «o abandono é sempre cruel, mas há situações de especial crueldade». Aponta, em particular, os inúmeros casos de mulheres que são atiradas de carros na auto-estrada, acabando muitas vezes por serem atropeladas.
Também existem casos de maridos que atiram as mulheres de pontes, assegurando-se, dessa forma, «que elas nunca mais voltam para a sua residência», acrescenta Vanessa. Outras situações há de maridos que vão de férias e deixam as mulheres fechadas em casa, muitas vezes à fome e à sede. «Portugal é isto. É medieval em muitos sentidos», refere Rute Vanessa, que deixa um conselho aos homens: «Se não puderem ou não quiserem levar a mulher convosco, devem procurar um hotel ou pensão que inspire confiança. Assim, podem ir de férias de uma maneira responsável».
Hermínia Fanhões, representante da Liga Portuguesa para a Protecção da Mulher, dá outra ideia: «No estrangeiro, é muito comum os vizinhos combinarem uns com os outros. Quando um vai de férias, o outro fica com a mulher do amigo». No seu entender, as autarquias «deviam facilitar a vida aos maridos, criando serviços de hospedagem, a preços convidativos».
Mas a questão parece ser, sobretudo, cultural. Por exemplo, em Portugal, a maioria dos parques de campismo não aceita mulheres. «No estrangeiro, entram em todo o lado. Até nos restaurantes e hotéis», conclui Hermínia Fanhões.
Existem, em Portugal, cerca de um milhão de mulheres abandonadas. Foi este, pelo menos, o número apurado pela Associação Mulher, há cerca de dois anos. Desconhece-se qual será a realidade actual, mas é um facto que a chegada do Verão, em particular, significa um aumento substancial de mulheres que são abandonadas. Ou os maridos se esquecem de prever as férias com elas, ou não têm dinheiro para colocá-las em centros de acolhimento ou, simplesmente, fartaram-se daquela que, durante muito tempo, não foi mais do que um brinquedo.
Rute Vanessa, directora-executiva da Associação Mulher, lembra - em exclusivo para o Jornal do Fundinho - que «o abandono é sempre cruel, mas há situações de especial crueldade». Aponta, em particular, os inúmeros casos de mulheres que são atiradas de carros na auto-estrada, acabando muitas vezes por serem atropeladas.
Também existem casos de maridos que atiram as mulheres de pontes, assegurando-se, dessa forma, «que elas nunca mais voltam para a sua residência», acrescenta Vanessa. Outras situações há de maridos que vão de férias e deixam as mulheres fechadas em casa, muitas vezes à fome e à sede. «Portugal é isto. É medieval em muitos sentidos», refere Rute Vanessa, que deixa um conselho aos homens: «Se não puderem ou não quiserem levar a mulher convosco, devem procurar um hotel ou pensão que inspire confiança. Assim, podem ir de férias de uma maneira responsável».
Hermínia Fanhões, representante da Liga Portuguesa para a Protecção da Mulher, dá outra ideia: «No estrangeiro, é muito comum os vizinhos combinarem uns com os outros. Quando um vai de férias, o outro fica com a mulher do amigo». No seu entender, as autarquias «deviam facilitar a vida aos maridos, criando serviços de hospedagem, a preços convidativos».
Mas a questão parece ser, sobretudo, cultural. Por exemplo, em Portugal, a maioria dos parques de campismo não aceita mulheres. «No estrangeiro, entram em todo o lado. Até nos restaurantes e hotéis», conclui Hermínia Fanhões.
Etiquetas: Sociedade