Passos promete repor bom tempo se o FMI deixar, Portas faz de conta que o pressiona e Seguro quer erradicar os aguaceiros no espaço de uma legislatura
22 abril, 2014
Surpreendentemente, partidos podem estar a agir por motivos eleitoralistas.
O mau tempo, que está de regresso ao território nacional, não tem ainda data para acabar. O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho garante que pretende fazer regressar o sol, mas não se compromete com uma data sem primeiro «obter a autorização dos senhores do FMI», ao contrário do vice-primeiro-ministro Paulo Portas, que assegura que «começar a inverter a trajetória de agravamento do tempo é algo que terá início ainda nesta legislatura». O PS reage alertando para contradição entre os dois partidos da maioria e com António José Seguro a anunciar que pretende «criar as condições para erradicar os aguaceiros de Portugal continental e ilhas no espaço de uma legislatura».

De acordo com o meteorologista Anthímio de Azevedo, estamos perante três casos evidentes de eleitoralismo, tendo em conta a proximidade das eleições europeias. «O que os políticos andam a fazer é aproximar artificialmente as suas intervenções dos interesses dos eleitores: aquilo de que os portugueses mais têm falado nas últimas semanas é do tempo, ora porque está frio, ora porque está calor, ora porque ainda vai voltar a chover, ora porque não se sabe com que roupa é que se há de sair de casa», explica Azevedo, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, acrescentando: «Não tem havido ultimamente um interesse genuíno dos atores políticos nas preocupações do povo. Ou seja, é a mesma coisa que sempre aconteceu desde que há políticos, só que desta vez envolvendo o tema de todas as conversas que temos com aquele vizinho do 5.º esquerdo de quem nem sabemos o nome, mas que parece que apanha sempre o elevador à mesma hora que nós».
Apesar de tudo, Anthímio de Azevedo admite que pode existir alguma validade nas promessas meteorológicas de PSD, CDS e PS. «Eu não acredito que Passos, Portas ou Seguro consigam mudar o tempo, mas na política portuguesa nunca se sabe... Se há dois meses alguém me dissesse que Bagão Félix, Manuela Ferreira Leite, João Cravinho e Francisco Louçã iam todos subscrever uma mesma estratégia para a dívida nacional, eu mandava-o internar», argumenta.
O mau tempo, que está de regresso ao território nacional, não tem ainda data para acabar. O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho garante que pretende fazer regressar o sol, mas não se compromete com uma data sem primeiro «obter a autorização dos senhores do FMI», ao contrário do vice-primeiro-ministro Paulo Portas, que assegura que «começar a inverter a trajetória de agravamento do tempo é algo que terá início ainda nesta legislatura». O PS reage alertando para contradição entre os dois partidos da maioria e com António José Seguro a anunciar que pretende «criar as condições para erradicar os aguaceiros de Portugal continental e ilhas no espaço de uma legislatura».

Anthímio com previsões pessimistas [foto E. Calhau]
De acordo com o meteorologista Anthímio de Azevedo, estamos perante três casos evidentes de eleitoralismo, tendo em conta a proximidade das eleições europeias. «O que os políticos andam a fazer é aproximar artificialmente as suas intervenções dos interesses dos eleitores: aquilo de que os portugueses mais têm falado nas últimas semanas é do tempo, ora porque está frio, ora porque está calor, ora porque ainda vai voltar a chover, ora porque não se sabe com que roupa é que se há de sair de casa», explica Azevedo, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, acrescentando: «Não tem havido ultimamente um interesse genuíno dos atores políticos nas preocupações do povo. Ou seja, é a mesma coisa que sempre aconteceu desde que há políticos, só que desta vez envolvendo o tema de todas as conversas que temos com aquele vizinho do 5.º esquerdo de quem nem sabemos o nome, mas que parece que apanha sempre o elevador à mesma hora que nós».
Apesar de tudo, Anthímio de Azevedo admite que pode existir alguma validade nas promessas meteorológicas de PSD, CDS e PS. «Eu não acredito que Passos, Portas ou Seguro consigam mudar o tempo, mas na política portuguesa nunca se sabe... Se há dois meses alguém me dissesse que Bagão Félix, Manuela Ferreira Leite, João Cravinho e Francisco Louçã iam todos subscrever uma mesma estratégia para a dívida nacional, eu mandava-o internar», argumenta.
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