Cortes no orçamento da Judiciária podem levar ao despedimento dos decoradores de objetos apreendidos
23 outubro, 2013
Notas falsas misturadas com crucifixos ou camisolas Mike... onde é que a Polícia vai parar?
A Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal acredita que as verbas que o Orçamento do Estado prevê para a Polícia Judiciária (PJ) em 2014 são manifestamente insuficientes para garantir o bom desempenho daquela força de segurança. «Ena pá, eu percebo que o país está em crise e que é preciso cortar», começa por explicar – em exclusivo para o Jornal do Fundinho – Paulo Piteira, decorador do programa “Querido, Mudei a Casa!” e de objetos apreendidos pela PJ, concluindo porém que «é preciso estabelecer o limite em algum ponto: não haver verbas para munições ou para gasolina, ainda vá que não vá, agora se eu e os meus colegas formos despedidos, quem é vai passar a organizar os saquinhos de haxixe por peso, os maços de tabaco por cor, os passaportes falsos por origem e as carabinas e caçadeiras por tamanho, sempre que houver uma conferência de imprensa?»

Apesar de a direção da PJ ter entretanto assegurado a plena operacionalidade da instituição, os sindicatos reforçam a sua preocupação por, tendo sido destacada a rubrica ‘munições, explosões e artifício’, o mesmo não ter acontecido com a rubrica ‘arrumação e disposição de itens apreendidos para apresentações à comunicação social’. Para Paulo Piteira, trata-se de um «comportamento discriminatório que tem raízes antigas na Judiciária: «Os decoradores sempre foram marginalizados na Judiciária, tanto pelas chefias como pelos próprios inspetores. Por exemplo, sempre que há uma almoçarada ou uma jantarada, nunca ligam às nossas sugestões para encontrarmos um local com uma boa luz, um padrão de decoração único, com tons neutros e cadeiras confortáveis, preferencialmente de madeira envelhecida. Isso e as strippers, que nunca percebi para que as contratam...»
A Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal acredita que as verbas que o Orçamento do Estado prevê para a Polícia Judiciária (PJ) em 2014 são manifestamente insuficientes para garantir o bom desempenho daquela força de segurança. «Ena pá, eu percebo que o país está em crise e que é preciso cortar», começa por explicar – em exclusivo para o Jornal do Fundinho – Paulo Piteira, decorador do programa “Querido, Mudei a Casa!” e de objetos apreendidos pela PJ, concluindo porém que «é preciso estabelecer o limite em algum ponto: não haver verbas para munições ou para gasolina, ainda vá que não vá, agora se eu e os meus colegas formos despedidos, quem é vai passar a organizar os saquinhos de haxixe por peso, os maços de tabaco por cor, os passaportes falsos por origem e as carabinas e caçadeiras por tamanho, sempre que houver uma conferência de imprensa?»

Piteira pode deixar de decorar as apresentações da PJ [foto E. Calhau]
Apesar de a direção da PJ ter entretanto assegurado a plena operacionalidade da instituição, os sindicatos reforçam a sua preocupação por, tendo sido destacada a rubrica ‘munições, explosões e artifício’, o mesmo não ter acontecido com a rubrica ‘arrumação e disposição de itens apreendidos para apresentações à comunicação social’. Para Paulo Piteira, trata-se de um «comportamento discriminatório que tem raízes antigas na Judiciária: «Os decoradores sempre foram marginalizados na Judiciária, tanto pelas chefias como pelos próprios inspetores. Por exemplo, sempre que há uma almoçarada ou uma jantarada, nunca ligam às nossas sugestões para encontrarmos um local com uma boa luz, um padrão de decoração único, com tons neutros e cadeiras confortáveis, preferencialmente de madeira envelhecida. Isso e as strippers, que nunca percebi para que as contratam...»
Etiquetas: Sociedade