FMI também queria semana de trabalho de seis dias em Portugal mas Passos disse que não fazia por menos de oito
04 setembro, 2012
«A minha austeridade é melhor do que a grega», diz o primeiro-ministro.
Depois de os representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu e Comissão Europeia que acompanham a implementação do programa de ajustamento na Grécia terem sugerido o aumento da semana de trabalho de cinco para seis dias, a mesma proposta chegou à mesa das reuniões com o Governo português. Pedro Passos Coelho, no entanto, mostrou-se inflexível e deixou claro que não aceitaria aquela recomendação.

«Seis dias é para piegas. Devemos persistir, ser exigentes e não ter pena dos trabalhadores, coitadinhos, que sofrem tanto para trabalhar», reiterou o primeiro-ministro, em rigoroso exclusivo para o Jornal do Fundinho, explicando ainda que se comprometeu com uma semana de trabalho de pelo menos oito dias, por metade do ordenado e sem direito a subsídios de férias e de Natal. «Tiveram de ser os próprios tipos do FMI a agarrar-me, se não iam também as pausas para almoço e a proibição de chicotear os empregados», revelou o líder do Executivo.
Embora ainda não se conheçam os contornos exactos destas medidas, outras serão provavelmente necessárias após a avaliação da comissão tripartida de ajuda financeira. Passos Coelho, aliás, levará para as negociações um dossiê com 200 páginas que inclui propostas como permitir aos patrões acorrentar os empregados (com algemas pagas por eles próprios) e aumentar o limite das indemnizações por despedimento para 36 meses, embora estas passem a ser pagas pelos funcionários despedidos.
Depois de os representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu e Comissão Europeia que acompanham a implementação do programa de ajustamento na Grécia terem sugerido o aumento da semana de trabalho de cinco para seis dias, a mesma proposta chegou à mesa das reuniões com o Governo português. Pedro Passos Coelho, no entanto, mostrou-se inflexível e deixou claro que não aceitaria aquela recomendação.

Passos contra pieguices como o salário [foto E. Calhau]
«Seis dias é para piegas. Devemos persistir, ser exigentes e não ter pena dos trabalhadores, coitadinhos, que sofrem tanto para trabalhar», reiterou o primeiro-ministro, em rigoroso exclusivo para o Jornal do Fundinho, explicando ainda que se comprometeu com uma semana de trabalho de pelo menos oito dias, por metade do ordenado e sem direito a subsídios de férias e de Natal. «Tiveram de ser os próprios tipos do FMI a agarrar-me, se não iam também as pausas para almoço e a proibição de chicotear os empregados», revelou o líder do Executivo.
Embora ainda não se conheçam os contornos exactos destas medidas, outras serão provavelmente necessárias após a avaliação da comissão tripartida de ajuda financeira. Passos Coelho, aliás, levará para as negociações um dossiê com 200 páginas que inclui propostas como permitir aos patrões acorrentar os empregados (com algemas pagas por eles próprios) e aumentar o limite das indemnizações por despedimento para 36 meses, embora estas passem a ser pagas pelos funcionários despedidos.
Etiquetas: F(undinho)MI, Nacional