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Funcionário de WC público quer que ‘Geração Deolinda’ vá apanhar no sítio que lhe dá emprego a ele

04 março, 2011

Indivíduo defende que protesto não é a solução.

Mais de 37 mil pessoas já confirmaram, no Facebook, a participação no protesto “Geração à Rasca”, mas quem não irá certamente participar na iniciativa é Afonso Torpedo. Este funcionário de um WC público em Sacavém está irritado com a atenção mediática em torno dos problemas da precariedade nas camadas mais jovens, como referiu, em rigoroso exclusivo, ao Jornal do Fundinho: «Isso é tudo malta que não sabe o que é a vida. Dizem que não querem ver o futuro a ir pelo cano, mas ponham-nos a trabalhar aqui para ver se eles continuam a achar graça a coisas que não vão pelo cano, por mais que nós as empurremos com o piaçaba e às vezes não temos outra hipótese a não ser ir lá com a mão».
Refutando os argumentos dos organizadores do protesto, Torpedo alegou ainda ser natural a existência de desigualdades sociais. «Nem todos podemos ter o emprego dos nossos sonhos e as pessoas têm de aceitar isso. Mas atenção, que eu tenho noção de que sou um privilegiado, porque trabalho aqui neste meu pedacinho de céu», afirmou, enquanto pegava na esfregona para limpar mais uma poça de urina. «Além disso, qual é o problema de haver uma geração à rasca? Quanto mais pessoas estiverem à rasca melhor, que eu tenho seis urinóis e quatro cabinas que não se enchem sozinhas», acrescentou, ao mesmo tempo que deixava mais uma mensagem para a ‘Geração Deolinda’: «Ide todos mas é apanhar no... Mas tenham cuidado com as doenças que se pegam ao sentarmo-nos nas sanitas das casas de banho públicas».

Jovens dizem estar à rasca [foto E. Calhau]

Afonso Torpedo reconheceu, no entanto, a situação difícil por que passa Portugal e, em particular, os jovens. Mas considerou que não é com protestos que o problema se resolve: «É tudo uma questão de cada um perceber qual é o seu papel... Uma lição que eu aprendi neste WC foi que, quando há merda, pega-se num bom pedaço de papel higiénico e forra-se a retrete. Há merda na mesma, mas desde que não faça splash na água, é como se nada tivesse acontecido».
O protesto “Geração à Rasca”, agendado para 12 de março, foi originado pelo sucesso da canção dos Deolinda “Parva Que Sou”, que aborda o tema das dificuldades das novas gerações no mercado de trabalho. Este facto levou ao imediato estabelecimento de comparações entre aquele grupo e nomes como José Afonso ou José Mário Branco por parte de diversos comentadores, os quais, infelizmente, não puderam ser atirados para os calabouços da PIDE e torturados. Afonso Torpedo também manifestou dúvidas sobre a adequação da música dos Deolinda a um movimento de contestação social: «Para mim, não há canção mais libertadora do que o “Soltem os Prisioneiros”, dos Delfins. Muitas vezes a cantei ao fim do dia, aqui sozinho, enfim sentado na sanita».

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Arnaldo Midões

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