Morte de Carlos Castro: Media nacionais têm «tentado tirar notícias a saca-rolhas»
14 janeiro, 2011
Especialista lamenta referências de mau gosto e acha que se deve cortar o mal pela raiz.
O sociólogo Anacleto Correcto acusou hoje a comunicação social portuguesa de estar a explorar a morte do cronista social Carlos Castro, com o mero intuito de fazer aumentar as audiências. «Tem havido notícias absolutamente forçadas, dir-se-ia que arrancadas a saca-rolhas», denunciou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, alertando ainda para «uma banalização do tema da violência, através inclusive do uso de algumas expressões de gosto muito duvidoso, com qualquer hipótese de uma discussão séria a ser completamente castrada».
Em causa estão, por exemplo, trabalhos jornalísticos sobre a participação de Renato Seabra no programa “Salve-se Quem Puder”, comentários de especialistas de áreas que vão da psicologia à siderurgia ou uma reportagem televisiva em que se dava conta de que nas ruas de Cantanhede já não se falava do crime e em que não se via ninguém, precisamente, nas ruas (se calhar era por isso). Correcto não tem dúvidas: «Temos assistido a abordagens de muito questionável interesse público. Dir-se-ia mesmo que algumas notícias são escritas apenas para revelar mais um pormenor escabroso... Sabe, se há coisa que eu não tenho é falta de olho para estas coisas».
Não se arriscando a prever uma data para quando este assunto deixará de estar em destaque na comunicação social, o sociólogo não tem dúvidas de que ele não deixará de provocar ondas de choque de contornos imprevisíveis. Aquele que é um dos mais destacados precursores da escola paquetedeoliveirista é perentório: «Já há coisas impensáveis a acontecer, aliás. Por exemplo, o Miguel Sousa Tavares já não é tão radical contra as redes sociais, porque afinal foi graças a uma delas que morreu um homossexual, que sempre é uma coisa que lhe mete ainda mais asco do que o Facebook».
Anacleto Correcto lamentou ainda a decisão da TVI (entretanto alterada) de antecipar a exibição de um programa recentemente gravado, em que Carlos Castro terá contactado com a mãe, já falecida. «Isto pode ser o início de mais uma espiral de exploração dos protagonistas deste caso. Para a semana exibem o quê, uma repetição do “Eduardo Mãos de Tesoura”? Só espero que não tenham tomates», afirmou.
O sociólogo Anacleto Correcto acusou hoje a comunicação social portuguesa de estar a explorar a morte do cronista social Carlos Castro, com o mero intuito de fazer aumentar as audiências. «Tem havido notícias absolutamente forçadas, dir-se-ia que arrancadas a saca-rolhas», denunciou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, alertando ainda para «uma banalização do tema da violência, através inclusive do uso de algumas expressões de gosto muito duvidoso, com qualquer hipótese de uma discussão séria a ser completamente castrada».
Em causa estão, por exemplo, trabalhos jornalísticos sobre a participação de Renato Seabra no programa “Salve-se Quem Puder”, comentários de especialistas de áreas que vão da psicologia à siderurgia ou uma reportagem televisiva em que se dava conta de que nas ruas de Cantanhede já não se falava do crime e em que não se via ninguém, precisamente, nas ruas (se calhar era por isso). Correcto não tem dúvidas: «Temos assistido a abordagens de muito questionável interesse público. Dir-se-ia mesmo que algumas notícias são escritas apenas para revelar mais um pormenor escabroso... Sabe, se há coisa que eu não tenho é falta de olho para estas coisas».
Não se arriscando a prever uma data para quando este assunto deixará de estar em destaque na comunicação social, o sociólogo não tem dúvidas de que ele não deixará de provocar ondas de choque de contornos imprevisíveis. Aquele que é um dos mais destacados precursores da escola paquetedeoliveirista é perentório: «Já há coisas impensáveis a acontecer, aliás. Por exemplo, o Miguel Sousa Tavares já não é tão radical contra as redes sociais, porque afinal foi graças a uma delas que morreu um homossexual, que sempre é uma coisa que lhe mete ainda mais asco do que o Facebook».
Anacleto Correcto lamentou ainda a decisão da TVI (entretanto alterada) de antecipar a exibição de um programa recentemente gravado, em que Carlos Castro terá contactado com a mãe, já falecida. «Isto pode ser o início de mais uma espiral de exploração dos protagonistas deste caso. Para a semana exibem o quê, uma repetição do “Eduardo Mãos de Tesoura”? Só espero que não tenham tomates», afirmou.
Etiquetas: Sociedade