Jovens que perderam colega em Lloret del Mar recuperam com ajuda de super guitarras acústicas
05 abril, 2010
Processo de luto marcado por versões das Just Girls e dos Tokyo Hotel.
Os amigos de Artur Pimentel, o aluno português que morreu depois de cair de uma varanda de hotel em Lloret del Mar, no final da semana passada, começam lentamente a recuperar o ritmo das suas vidas, muito graças aos super-poderes do instrumento musical que acompanha sempre os adolescentes cool portugueses, mesmo que não o saibam tocar: a guitarra acústica. Bernardo Ramos, um jovem de 15 anos que frequentava a mesma escola do estudante falecido, contou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, pormenores reveladores deste processo: «Ontem à tarde, no refeitório, saquei da guitarra e comecei a cantar o "Tears in Heaven"... Foi muito cartrático, ou lá o que foi que a prof de Português lhe chamou... Acho que é a palavra que se usa quando se juntam muitas miúdas a chorar à nossa volta e a olhar para nós todas malucas».
No Colégio de Lamego, os colegas de turma de Artur que ainda não tinham guitarra acústica compraram entretanto uma, e têm-se sucedido os ajuntamentos espontâneos de jovens durante o recreio, para cantar e tocar em conjunto clássicos como "Jogo do Empurra" dos Xutos & Pontapés ou "Fly Away" de Lenny Kravitz, mas também temas mais recentes, como "A Vida te Espera" das Just Girls e "Fly With Me" dos Jonas Brothers. Uma canção em particular tem levado muitas jovens às lágrimas e os seus intérpretes para trás dos pavilhões para longas sessões de linguados com as miúdas mais giras da escola: "Don't Jump" dos Tokio Hotel, numa demonstração da enorme sensibilidade que se pode ter aos 15 ou 16 anos.
Semelhante fenómeno tem, de resto, acontecido um pouco por todo o País, demonstrando o choque que a tragédia ocorrida em terras espanholas provocou, em particular junto dos estudantes do ensino secundário. Os próprios professores notaram já algumas alterações sensíveis no dia-a-dia escolar, uma vez que deixaram de ser agredidos com palmadas e murros e passaram a sê-lo com guitarras.
Noutro âmbito, continuam a suceder as reações ao acontecimento mortal de Loret del Mar. Além dos diversos psicólogos que têm tentado explicar que o problema não é a adolescência ser uma idade parva em que só não se fazem coisas estúpidas se se estiver preso com uma corrente de ferro à perna da cama, diversos pais têm confessado terem sido sido apanhados de surpresa pelo sucedido. Aparentemente, é absolutamente impensável que o álcool, a loucura irracional e a irresponsabilidade tomem conta de uma situação em que se concentram num mesmo local milhares de adolescentes obcecados por shots e sexo casual e geneticamente instáveis em termos psicológicos, sociais e físicos.
Os amigos de Artur Pimentel, o aluno português que morreu depois de cair de uma varanda de hotel em Lloret del Mar, no final da semana passada, começam lentamente a recuperar o ritmo das suas vidas, muito graças aos super-poderes do instrumento musical que acompanha sempre os adolescentes cool portugueses, mesmo que não o saibam tocar: a guitarra acústica. Bernardo Ramos, um jovem de 15 anos que frequentava a mesma escola do estudante falecido, contou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, pormenores reveladores deste processo: «Ontem à tarde, no refeitório, saquei da guitarra e comecei a cantar o "Tears in Heaven"... Foi muito cartrático, ou lá o que foi que a prof de Português lhe chamou... Acho que é a palavra que se usa quando se juntam muitas miúdas a chorar à nossa volta e a olhar para nós todas malucas».
No Colégio de Lamego, os colegas de turma de Artur que ainda não tinham guitarra acústica compraram entretanto uma, e têm-se sucedido os ajuntamentos espontâneos de jovens durante o recreio, para cantar e tocar em conjunto clássicos como "Jogo do Empurra" dos Xutos & Pontapés ou "Fly Away" de Lenny Kravitz, mas também temas mais recentes, como "A Vida te Espera" das Just Girls e "Fly With Me" dos Jonas Brothers. Uma canção em particular tem levado muitas jovens às lágrimas e os seus intérpretes para trás dos pavilhões para longas sessões de linguados com as miúdas mais giras da escola: "Don't Jump" dos Tokio Hotel, numa demonstração da enorme sensibilidade que se pode ter aos 15 ou 16 anos.
Semelhante fenómeno tem, de resto, acontecido um pouco por todo o País, demonstrando o choque que a tragédia ocorrida em terras espanholas provocou, em particular junto dos estudantes do ensino secundário. Os próprios professores notaram já algumas alterações sensíveis no dia-a-dia escolar, uma vez que deixaram de ser agredidos com palmadas e murros e passaram a sê-lo com guitarras.
Noutro âmbito, continuam a suceder as reações ao acontecimento mortal de Loret del Mar. Além dos diversos psicólogos que têm tentado explicar que o problema não é a adolescência ser uma idade parva em que só não se fazem coisas estúpidas se se estiver preso com uma corrente de ferro à perna da cama, diversos pais têm confessado terem sido sido apanhados de surpresa pelo sucedido. Aparentemente, é absolutamente impensável que o álcool, a loucura irracional e a irresponsabilidade tomem conta de uma situação em que se concentram num mesmo local milhares de adolescentes obcecados por shots e sexo casual e geneticamente instáveis em termos psicológicos, sociais e físicos.
Etiquetas: Sociedade