Cavaco disponível para antecipar legislativas se método de escolha for o mesmo do Festival da Canção
07 março, 2010
Concurso da RTP ganho por canção que não foi a escolhida pelo público. Presidente da República acha que não é má ideia.
Cavaco Silva admitiu hoje que pode antecipar a data das eleições legislativas, tendo em conta a instabilidade provocada pelo alegado envolvimento do Governo num plano para controlar a comunicação social, mas apenas se o voto popular representar somente metade da fórmula de apuramento dos resultados, à semelhança do que acontece com o Festival RTP da Canção. «Estava ontem a ver o Festival com a minha Maria, quando me apercebi de que a canção que tinha tido maioria absoluta no voto do povo afinal tinha ficado no segundo lugar. E pensei para mim: Olha, isto é que era catita e evitava muitos problemas», afirmou o Presidente da República, em rigoroso exclusivo para o Jornal do Fundinho.
Recorde-se que a edição 2010 do Festival da Canção foi ganha pelo tema "Há Dias Assim" em grande parte devido à votação conjunta dos júris regionais, uma vez que a canção preferida do público, e clara vencedora no televoto dos espectadores, foi "Canta por Mim". Cavaco Silva considera que um sistema semelhante seria útil para a república portuguesa: «Sempre achei que só há duas formas de a democracia funcionar: ou se manda bater em quem não está de acordo connosco, ou se arranja um subterfúgio para isto funcionar como nós queremos. Ora, como ao Sócrates nunca lhe deu para ir fazer manifestações para a Ponte 25 de Abril...» Assim, o Presidente da República começou já a sondar diversas pessoas que possam vir a constituir o júri que, em caso de eleições antecipadas e de nova vitória do PS, tratará de emendar o erro do povo. «Tenho a certeza de que estou em condições de fazer as escolhas certas. Nunca, por uma só vez, eu cometi um erro de julgamento sobre alguém. Assim, posso anunciar que entre os jurados estarão o Dias Loureiro, o Oliveira e Costa, o Deus Pinheiro e a Leonor Beleza. E o Fernando Lima vai contar os votos», revelou.
Para já, apenas o CDS-PP optou por comentar a possibilidade equacionada por Cavaco Silva, manifestando-se contra a mesma. «Não queremos saber do voto popular para nada, mas somos completamente a favor do voto populista. A canção que ficou em segundo lugar no Festival da Canção é a clara escolha de taxistas e peixeiras, e por isso podia perfeitamente ter sido escrita pelo Paulo Portas. A única diferença era o título: em vez de "Chama por Mim", seria algo como "Expulsa o Vasily" ou "Corta o RSI"», pode ler-se num comunicado dos centristas.
Cavaco Silva admitiu hoje que pode antecipar a data das eleições legislativas, tendo em conta a instabilidade provocada pelo alegado envolvimento do Governo num plano para controlar a comunicação social, mas apenas se o voto popular representar somente metade da fórmula de apuramento dos resultados, à semelhança do que acontece com o Festival RTP da Canção. «Estava ontem a ver o Festival com a minha Maria, quando me apercebi de que a canção que tinha tido maioria absoluta no voto do povo afinal tinha ficado no segundo lugar. E pensei para mim: Olha, isto é que era catita e evitava muitos problemas», afirmou o Presidente da República, em rigoroso exclusivo para o Jornal do Fundinho.
Recorde-se que a edição 2010 do Festival da Canção foi ganha pelo tema "Há Dias Assim" em grande parte devido à votação conjunta dos júris regionais, uma vez que a canção preferida do público, e clara vencedora no televoto dos espectadores, foi "Canta por Mim". Cavaco Silva considera que um sistema semelhante seria útil para a república portuguesa: «Sempre achei que só há duas formas de a democracia funcionar: ou se manda bater em quem não está de acordo connosco, ou se arranja um subterfúgio para isto funcionar como nós queremos. Ora, como ao Sócrates nunca lhe deu para ir fazer manifestações para a Ponte 25 de Abril...» Assim, o Presidente da República começou já a sondar diversas pessoas que possam vir a constituir o júri que, em caso de eleições antecipadas e de nova vitória do PS, tratará de emendar o erro do povo. «Tenho a certeza de que estou em condições de fazer as escolhas certas. Nunca, por uma só vez, eu cometi um erro de julgamento sobre alguém. Assim, posso anunciar que entre os jurados estarão o Dias Loureiro, o Oliveira e Costa, o Deus Pinheiro e a Leonor Beleza. E o Fernando Lima vai contar os votos», revelou.
Para já, apenas o CDS-PP optou por comentar a possibilidade equacionada por Cavaco Silva, manifestando-se contra a mesma. «Não queremos saber do voto popular para nada, mas somos completamente a favor do voto populista. A canção que ficou em segundo lugar no Festival da Canção é a clara escolha de taxistas e peixeiras, e por isso podia perfeitamente ter sido escrita pelo Paulo Portas. A única diferença era o título: em vez de "Chama por Mim", seria algo como "Expulsa o Vasily" ou "Corta o RSI"», pode ler-se num comunicado dos centristas.
Etiquetas: Nacional