Netos das vítimas da Casa Pia pedem que sentença seja emitida em letra tamanho 18
12 janeiro, 2010
Familiares vivos receiam que processo só conheça o seu desfecho depois do fim do mundo em 2012.
Um grupo de netos das alegadas vítimas do processo Casa Pia entregou hoje um pedido no Tribunal Criminal de Lisboa para que o despacho de sentença deste julgamento possa ser produzido em Times New Roman tamanho 18. «Temos receio de não conseguir ler o documento, porque somos já todos pessoas com mais de 60 anos. Queremos poder saber o desfecho deste caso que dura há anos e anos, honrando a coragem dos nossos avós, que o denunciaram ainda antes de nós nascermos», afirmou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, Bruno Vanderlei, nome fictício de Carlos Seabra, eletricista especializado na aplicação de eletrobombas e automatismos e morador no n.º 22 da Rua de Cima de Chelas, em Lisboa, e neto de Teotónio Amaral, vítima de abusos sexuais com identidade protegida desde 2003 sob o nome Valentim Machado e que denunciou o caso aos 22 anos, antes de morrer no ano passado com 77.
Os netos e bisnetos dos arguidos manifestaram entretanto a sua concordância com esta ação. Galocha Cruz, filha de um neto de Carlos Cruz e de uma bisneta da Bota Botilde, transmitiu-a mesmo pessoalmente aos netos das vítimas, enquanto lhes oferecia alguns rebuçados e chupa-chupas e lhes fazia festinhas na cabeça. Os familiares de ambas as partes convergiram ainda quanto à preocupação de que o processo não esteja concluído antes de 21 de dezembro de 2012, data que marcará o fim do mundo de acordo com o calendário maia. «Depois do fim do mundo não sei se vou conseguir vir a todas as audiências», lamentou Vanderlei.
A entrega do requerimento aconteceu hoje, no decurso da 2371.ª audiência integrante da 39.ª sessão do 68.º ciclo respeitante à 57.ª série da 271.ª ronda do julgamento do processo Casa Pia. Se tiver acolhimento, será a primeira vez na história da Justiça portuguesa em que um despacho judicial é transcrito num tamanho de letra tão grande, ultrapassando assim o despacho de arquivamento do caso dos hemofílicos que envolveu a ex-ministra Leonor Beleza, em que foi usado o tamanho 16 para que o documento pudesse ter mais páginas e parecesse uma coisa séria, disfarçando assim a forma atabalhoada e condenada ao fracasso como foi conduzida a acusação e o protecionismo habitual dado do poder judicial em relação ao poder político.
Um grupo de netos das alegadas vítimas do processo Casa Pia entregou hoje um pedido no Tribunal Criminal de Lisboa para que o despacho de sentença deste julgamento possa ser produzido em Times New Roman tamanho 18. «Temos receio de não conseguir ler o documento, porque somos já todos pessoas com mais de 60 anos. Queremos poder saber o desfecho deste caso que dura há anos e anos, honrando a coragem dos nossos avós, que o denunciaram ainda antes de nós nascermos», afirmou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, Bruno Vanderlei, nome fictício de Carlos Seabra, eletricista especializado na aplicação de eletrobombas e automatismos e morador no n.º 22 da Rua de Cima de Chelas, em Lisboa, e neto de Teotónio Amaral, vítima de abusos sexuais com identidade protegida desde 2003 sob o nome Valentim Machado e que denunciou o caso aos 22 anos, antes de morrer no ano passado com 77.
Os netos e bisnetos dos arguidos manifestaram entretanto a sua concordância com esta ação. Galocha Cruz, filha de um neto de Carlos Cruz e de uma bisneta da Bota Botilde, transmitiu-a mesmo pessoalmente aos netos das vítimas, enquanto lhes oferecia alguns rebuçados e chupa-chupas e lhes fazia festinhas na cabeça. Os familiares de ambas as partes convergiram ainda quanto à preocupação de que o processo não esteja concluído antes de 21 de dezembro de 2012, data que marcará o fim do mundo de acordo com o calendário maia. «Depois do fim do mundo não sei se vou conseguir vir a todas as audiências», lamentou Vanderlei.
A entrega do requerimento aconteceu hoje, no decurso da 2371.ª audiência integrante da 39.ª sessão do 68.º ciclo respeitante à 57.ª série da 271.ª ronda do julgamento do processo Casa Pia. Se tiver acolhimento, será a primeira vez na história da Justiça portuguesa em que um despacho judicial é transcrito num tamanho de letra tão grande, ultrapassando assim o despacho de arquivamento do caso dos hemofílicos que envolveu a ex-ministra Leonor Beleza, em que foi usado o tamanho 16 para que o documento pudesse ter mais páginas e parecesse uma coisa séria, disfarçando assim a forma atabalhoada e condenada ao fracasso como foi conduzida a acusação e o protecionismo habitual dado do poder judicial em relação ao poder político.