Sporting recua e admite vender Gamebox também a casais homossexuais
30 novembro, 2009
Grande sensibilidade do clube para com as minorias já tinha sido vislumbrada pelos cegos.
Depois de terem surgido notícias que davam conta de que o Sporting discriminava os homossexuais na sua campanha para casais de sócios que queiram ter desconto nos lugares anuais do estádio, o clube anunciou um recuo na sua intenção inicial e admite agora alargar a campanha a todos os interessados. «Reconhecemos que não pensámos em todas as possibilidades e é por isso que encontrámos uma alternativa: os gays irão para a parte traseira dos ecrãs gigantes, onde já metemos os cegos. É uma solução que agradará a todos, estamos convencidos. À excepção eventual dos cegos...», adiantou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, Pedro Afra. O director-geral do Grupo Sporting mostrou também a sua indignação perante as acusações de homofobia que surgiram dos mais diversos quadrantes: «Homofóbicos, nós? Já olharam bem para as cores das cadeiras do nosso estádio?»
Afra explicou ainda que o clube leonino está a preparar outras medidas que pretendem ir ao encontro dos direitos de outras minorias: «Já reservámos lugares especiais para anões no topo das nossas bancadas, naquelas filas onde não se pode ter altura de gente. Os deficientes físicos passarão a ver os jogos a partir do fosso, porque podemos atirá-los para lá sem correr o risco de eles partirem as perninhas, e os idosos ficarão no balneário a jogar à sueca com outras pessoas da terceira idade, como o Angulo. Os africanos e os romenos vão ter de esperar mais algum tempo, mas já têm lugar certo nos andaimes das obras do pavilhão que o nosso presidente prometeu construir nas últimas eleições». O responsável sportinguista recusou finalmente a existência de uma cultura de insensibilidade social no clube, defendendo até que a realidade é diametralmente oposta. «Ó pá, tratamos nós nas palminhas os maricas, os minorcas, os coxos, os velhos, os pretos e os rabotas, e esta é a nossa recompensa», protestou.
Quem reagiu entretanto à possibilidade de também os casais homossexuais poderem comprar os pacotes especiais de bilhetes de época foram as claques oficiais do Sporting. Logo ao início da tarde, a Torcida Verde fez saber que alterara a sua designação para Torcida Verde e Rosa-Choque e, apenas algumas horas depois, a Direcção da Juventude Leonina anunciou que os seus membros vão passar a frequentar o mesmo cabeleireiro do Miguel Veloso. Postura contrária manifestou a Conferência Episcopal Portuguesa, em comunicado: «Existirem casais homossexuais que exigem ter o direito de assistir aos jogos do Sporting é mais um sinal da loucura descontrolada que percorre a sociedade actual... Quem é que quer ver jogar o Sporting? Está tudo maluco?»
Depois de terem surgido notícias que davam conta de que o Sporting discriminava os homossexuais na sua campanha para casais de sócios que queiram ter desconto nos lugares anuais do estádio, o clube anunciou um recuo na sua intenção inicial e admite agora alargar a campanha a todos os interessados. «Reconhecemos que não pensámos em todas as possibilidades e é por isso que encontrámos uma alternativa: os gays irão para a parte traseira dos ecrãs gigantes, onde já metemos os cegos. É uma solução que agradará a todos, estamos convencidos. À excepção eventual dos cegos...», adiantou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, Pedro Afra. O director-geral do Grupo Sporting mostrou também a sua indignação perante as acusações de homofobia que surgiram dos mais diversos quadrantes: «Homofóbicos, nós? Já olharam bem para as cores das cadeiras do nosso estádio?»
Afra explicou ainda que o clube leonino está a preparar outras medidas que pretendem ir ao encontro dos direitos de outras minorias: «Já reservámos lugares especiais para anões no topo das nossas bancadas, naquelas filas onde não se pode ter altura de gente. Os deficientes físicos passarão a ver os jogos a partir do fosso, porque podemos atirá-los para lá sem correr o risco de eles partirem as perninhas, e os idosos ficarão no balneário a jogar à sueca com outras pessoas da terceira idade, como o Angulo. Os africanos e os romenos vão ter de esperar mais algum tempo, mas já têm lugar certo nos andaimes das obras do pavilhão que o nosso presidente prometeu construir nas últimas eleições». O responsável sportinguista recusou finalmente a existência de uma cultura de insensibilidade social no clube, defendendo até que a realidade é diametralmente oposta. «Ó pá, tratamos nós nas palminhas os maricas, os minorcas, os coxos, os velhos, os pretos e os rabotas, e esta é a nossa recompensa», protestou.
Quem reagiu entretanto à possibilidade de também os casais homossexuais poderem comprar os pacotes especiais de bilhetes de época foram as claques oficiais do Sporting. Logo ao início da tarde, a Torcida Verde fez saber que alterara a sua designação para Torcida Verde e Rosa-Choque e, apenas algumas horas depois, a Direcção da Juventude Leonina anunciou que os seus membros vão passar a frequentar o mesmo cabeleireiro do Miguel Veloso. Postura contrária manifestou a Conferência Episcopal Portuguesa, em comunicado: «Existirem casais homossexuais que exigem ter o direito de assistir aos jogos do Sporting é mais um sinal da loucura descontrolada que percorre a sociedade actual... Quem é que quer ver jogar o Sporting? Está tudo maluco?»
Etiquetas: Sociedade