Assembleia Nobel acusada de populismo por distinguir estudo sobre telómeros
05 outubro, 2009
Doogie Howser está na linha da frente da contestação.
A comunidade científica internacional está em choque com a atribuição do Prémio Nobel da Medicina aos investigadores norte-americanos Elizabeth Blackburn, Carol Greider e Jack Szostak, pelo seu trabalho sobre uma enzima que protege os cromossomas. «Isto é inadmissível! É de um populismo atroz premiar uma investigação sobre como os cromossomas são protegidos pelos telómeros e pela enzima telomerase. Toda a gente compreende que os meus colegas só ganharam o Nobel devido ao enorme mediatismo dos telómeros», criticou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, Doogie Howser, médico no Eastman Medical Center e personagem ficcional de uma série televisiva do início da década de 90 do século passado.

Howser afirmou mesmo que é o prestígio de toda a Medicina que está um causa a partir de hoje. De acordo com o médico adolescente, «se reduzirmos a prática e a investigação médica a termos que todos conhecem, como telomerase, corremos o risco de dessacralizar a área e qualquer dia os pacientes até começam a querer mesmo perceber o que têm ou a exigir que os curemos de situações tão complexas como uma constipação». Questionado sobre o que havia assim de tão complexo numa constipação, o especialista concluiu: «Vêem? Vêem? Já está a começar!» O menino doutor revelou não estar surpreendido com a «deriva popularucha» dos responsáveis pela atribuição do Nobel da Medicina, uma vez que «já nos dois últimos anos foram premiados estudos nas áreas do cancro, da SIDA e do Alzheimer, que também são palavras conhecidas por todos... mas pelo menos essas metem um medo do caraças!»
Além de indignado com a distinção, Doogie Howser confessou-se também desinteressado pelos resultados do estudo de Blackburn, Greider e Szostak, mesmo que este possa vir a contribuir para adiar o envelhecimento. «Quero lá saber disso: tenho 36 anos mas fisicamente continuo a parecer um adolescente de 16! E daqui por mais 20 anos ainda vai ser melhor: por um lado continuarei com este permanente desejo de me auto-gratificar, por outro terei acabado de arranjar uma loura 35 anos mais nova», considera.
A escolha do Prémio Nobel da Medicina é feita pela Assembleia Nobel, composta por 50 professores de diversas áreas médicas. Egas Moniz foi o único português a conquistar o galardão, em 1949, época em que o júri ainda aceitava cabritos, presuntos e galinhas como contrapartida para os votos.
A comunidade científica internacional está em choque com a atribuição do Prémio Nobel da Medicina aos investigadores norte-americanos Elizabeth Blackburn, Carol Greider e Jack Szostak, pelo seu trabalho sobre uma enzima que protege os cromossomas. «Isto é inadmissível! É de um populismo atroz premiar uma investigação sobre como os cromossomas são protegidos pelos telómeros e pela enzima telomerase. Toda a gente compreende que os meus colegas só ganharam o Nobel devido ao enorme mediatismo dos telómeros», criticou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, Doogie Howser, médico no Eastman Medical Center e personagem ficcional de uma série televisiva do início da década de 90 do século passado.

Blackburn e Greider não convencem Howser [foto E. Calhau]
Howser afirmou mesmo que é o prestígio de toda a Medicina que está um causa a partir de hoje. De acordo com o médico adolescente, «se reduzirmos a prática e a investigação médica a termos que todos conhecem, como telomerase, corremos o risco de dessacralizar a área e qualquer dia os pacientes até começam a querer mesmo perceber o que têm ou a exigir que os curemos de situações tão complexas como uma constipação». Questionado sobre o que havia assim de tão complexo numa constipação, o especialista concluiu: «Vêem? Vêem? Já está a começar!» O menino doutor revelou não estar surpreendido com a «deriva popularucha» dos responsáveis pela atribuição do Nobel da Medicina, uma vez que «já nos dois últimos anos foram premiados estudos nas áreas do cancro, da SIDA e do Alzheimer, que também são palavras conhecidas por todos... mas pelo menos essas metem um medo do caraças!»
Além de indignado com a distinção, Doogie Howser confessou-se também desinteressado pelos resultados do estudo de Blackburn, Greider e Szostak, mesmo que este possa vir a contribuir para adiar o envelhecimento. «Quero lá saber disso: tenho 36 anos mas fisicamente continuo a parecer um adolescente de 16! E daqui por mais 20 anos ainda vai ser melhor: por um lado continuarei com este permanente desejo de me auto-gratificar, por outro terei acabado de arranjar uma loura 35 anos mais nova», considera.
A escolha do Prémio Nobel da Medicina é feita pela Assembleia Nobel, composta por 50 professores de diversas áreas médicas. Egas Moniz foi o único português a conquistar o galardão, em 1949, época em que o júri ainda aceitava cabritos, presuntos e galinhas como contrapartida para os votos.
Etiquetas: Sociedade