Violência voltou inesperadamente à Quinta da Fonte
22 junho, 2009
Um ano depois dos confrontos entre as comunidades cigana e africana, o perigo voltou às ruas.
O pânico foi grande, ontem, no bairro da Quinta da Fonte, em Loures. Tudo começou pelas 11 horas, quando cerca de 50 indivíduos de raça branca – entre os 20 e os 25 anos, na sua maioria residentes na Quinta do Lago – começaram a provocar desacatos. Durante cerca de meia hora, este grupo de jovens, todos de origem europeia, terá intimidado os transeuntes gozando com o facto de estes não usarem roupas da Sacoor ou da Lacoste. Segundo diversas testemunhas, os rapazes terão também lançado provocações aos automobilistas, fazendo diversas referências ao «Mercedes do pai». Um comerciante da zona, de nome Anacleto Cachupa mas que preferiu não ser identificado com medo de represálias, afirmou em exclusivo ao Jornal do Fundinho: «Um desses moços entrou na minha loja e começou a tratar-me por tio! Eu, quando vi aqueles brancos todos a juntarem-se, vi logo que ia haver problemas».
O ambiente ficaria, porém, ainda mais quente com a chegada da GNR. «Neste tipo de situações não há que pensar duas vezes: se há conflitos que envolvem indivíduos de origem europeia, é bater em tudo o que é branco! Mas posso garantir que as forças de segurança agiram em conformidade», relatou o comandante Lelo Quaresma. Quando questionado sobre o que raios quer dizer isso de 'agir em conformidade', expressão usada nestas circunstâncias por toda e qualquer força da autoridade, Quaresma foi claro: «Não faço a mínima!» Já sobre as acusações de racismo de que os militares foram alvo, o comandante ainda chegou a dizer serem «um perfeito disparate: nós lá na esquadra até temos um branco a trabalhar, não o deixamos é vir para estas coisas para evitar que ele se junte aos da laia dele!».
Os moradores da Quinta da Fonte receiam agora pelo futuro do turismo na zona. «Isto foi um pandemónio e só vai prejudicar a economia local, que sobrevive à base da vasta oferta cultural do bairro, desde o graffiti à venda ambulante», queixava-se Anacleto Cachupa. Em causa podem estar os largos milhões de Euros gastos pelos muitos turistas que todos os dias se deslocam à Quinta da Fonte para apreciar as suas belezas naturais e monumentos históricos.
O pânico foi grande, ontem, no bairro da Quinta da Fonte, em Loures. Tudo começou pelas 11 horas, quando cerca de 50 indivíduos de raça branca – entre os 20 e os 25 anos, na sua maioria residentes na Quinta do Lago – começaram a provocar desacatos. Durante cerca de meia hora, este grupo de jovens, todos de origem europeia, terá intimidado os transeuntes gozando com o facto de estes não usarem roupas da Sacoor ou da Lacoste. Segundo diversas testemunhas, os rapazes terão também lançado provocações aos automobilistas, fazendo diversas referências ao «Mercedes do pai». Um comerciante da zona, de nome Anacleto Cachupa mas que preferiu não ser identificado com medo de represálias, afirmou em exclusivo ao Jornal do Fundinho: «Um desses moços entrou na minha loja e começou a tratar-me por tio! Eu, quando vi aqueles brancos todos a juntarem-se, vi logo que ia haver problemas».
O ambiente ficaria, porém, ainda mais quente com a chegada da GNR. «Neste tipo de situações não há que pensar duas vezes: se há conflitos que envolvem indivíduos de origem europeia, é bater em tudo o que é branco! Mas posso garantir que as forças de segurança agiram em conformidade», relatou o comandante Lelo Quaresma. Quando questionado sobre o que raios quer dizer isso de 'agir em conformidade', expressão usada nestas circunstâncias por toda e qualquer força da autoridade, Quaresma foi claro: «Não faço a mínima!» Já sobre as acusações de racismo de que os militares foram alvo, o comandante ainda chegou a dizer serem «um perfeito disparate: nós lá na esquadra até temos um branco a trabalhar, não o deixamos é vir para estas coisas para evitar que ele se junte aos da laia dele!».
Os moradores da Quinta da Fonte receiam agora pelo futuro do turismo na zona. «Isto foi um pandemónio e só vai prejudicar a economia local, que sobrevive à base da vasta oferta cultural do bairro, desde o graffiti à venda ambulante», queixava-se Anacleto Cachupa. Em causa podem estar os largos milhões de Euros gastos pelos muitos turistas que todos os dias se deslocam à Quinta da Fonte para apreciar as suas belezas naturais e monumentos históricos.
Etiquetas: Sociedade