Medidas para combater a crise são boas, mas serão melhores do que um risotto de aipo?

Os líderes mundiais anunciaram hoje um acordo para reactivar a economia internacional, o que configura a cimeira do G20, que decorreu em Londres, como um estrondoso sucesso. Na conferência de imprensa final, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, reconheceu que houve porém divergências que acabaram por não ser resolvidas, ensombrando assim os resultados do encontro. «Não conseguimos chegar a uma posição conjunta sobre qual o melhor prato que comemos. Eu preferi as beringelas gratinadas com chèvre, mas o Barack Obama não abdicou de destacar o borrego com favinhas», explicou Brown, em exclusivo para o Jornal do Fundinho.
Embora as 20 maiores economias do mundo tenham acordado acções que passarão pela reforma do sistema bancário ou novos fundos para o combate à pobreza, no que muitos definem como um compromisso extremamente importante para enfrentar a crise internacional, o desacordo em torno do top das refeições envenenou os relacionamentos entre muitos presidentes e primeiros-ministros. Por exemplo, Nicolas Sarkozy terá declarado que não voltará a sentar-se à mesma mesa com Angela Merkel enquanto esta não reconhecer que o compagnole com favas e pesto é muito mais saboroso do que os filetes de truta salmonada com molho de iogurte e pimenta verde. Desta forma, a nova ordem mundial que muitos economistas previram poder sair de Londres poderá não passar de um enorme assado.
Com um novo encontro do G20 previsto até ao final do ano, comenta-se que Gordon Brown terá já contactado o seu conselheiro de maior confiança neste tipo de assuntos de Estado, para garantir a sua realização. Jamie Oliver terá proposto como solução para o problema um filé de salmão embrulhado em presunto cru com lentilhas, ervas, espinafre e iogurte.

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