Assassínio de Nino Vieira deixa PNR em crise existencial
02 março, 2009
Pinto Coelho confirma profunda dúvida ideológica.
O Partido Nacional Renovador (PNR) emitiu hoje diversos comunicados a propósito da morte do presidente da Guiné-Bissau, Nino Vieira. Ao início do dia, o partido de Extrema-Direita congratulou-se com o assassínio, considerando ser «positivo que exista agora menos um preto no mundo». No entanto, 20 minutos depois, foi dada a conhecer uma nova mensagem em que, embora se mantivesse o essencial da anterior, se acrescentava que «o Nino nem era um preto muito mau, porque pelo menos estava na terra dele». O terceiro comunicado surgiu uma hora mais tarde e acrescentava que «um preto é sempre um preto, por isso saudamos os assassinos de Nino Vieira», seguindo-se-lhe um outro, por volta do meio-dia, onde se podia ler que «retiramos a saudação anterior aos assassinos do preto da Guiné, porque também eles são pretos da Guiné». À hora de almoço surgiu então a última mensagem, que indicava que o PNR iria entrar numa fase de reflexão e passava a «estar em black-out, o que pelo menos é coerente».

O líder do partido, José Pinto Coelho confirmou entretanto, em rigoroso exclusivo para o Jornal do Fundinho, que a morte do presidente guineense, na sequência de um ataque contra a sua residência, originou em forte conflito ideológico no PNR: «Por um lado houve um grupo de pessoas que matou um preto, mas depois esse grupo de pessoas era ele mesmo constituído por pretos... Ora porra, como é que um nacionalista há-de saber o que dizer numa situação destas?» Pinto Coelho adiantou ainda que o crime contra Nino Vieira havia provado que «o crime e a violência aumentam por culpa dos pretos», ao mesmo tempo que tinha atestado que «os pretos são a melhor solução para acabar com os criminosos», lamentando-se por hoje ser «um dia muito difícil para se ser racista e xenófobo».
O dirigente nacionalista considerou que o seu partido terá agora de realizar uma profunda reflexão em torno dos seus ideais. «Só espero que o possamos fazer em tranquilidade e que, entretanto, um grupo de decoradores de interiores ingleses não assassine o Elton John... Isso acabava com o que resta do PNR!», concluiu.
O Partido Nacional Renovador (PNR) emitiu hoje diversos comunicados a propósito da morte do presidente da Guiné-Bissau, Nino Vieira. Ao início do dia, o partido de Extrema-Direita congratulou-se com o assassínio, considerando ser «positivo que exista agora menos um preto no mundo». No entanto, 20 minutos depois, foi dada a conhecer uma nova mensagem em que, embora se mantivesse o essencial da anterior, se acrescentava que «o Nino nem era um preto muito mau, porque pelo menos estava na terra dele». O terceiro comunicado surgiu uma hora mais tarde e acrescentava que «um preto é sempre um preto, por isso saudamos os assassinos de Nino Vieira», seguindo-se-lhe um outro, por volta do meio-dia, onde se podia ler que «retiramos a saudação anterior aos assassinos do preto da Guiné, porque também eles são pretos da Guiné». À hora de almoço surgiu então a última mensagem, que indicava que o PNR iria entrar numa fase de reflexão e passava a «estar em black-out, o que pelo menos é coerente».

PNR em crise de identidade [foto E. Calhau]
O líder do partido, José Pinto Coelho confirmou entretanto, em rigoroso exclusivo para o Jornal do Fundinho, que a morte do presidente guineense, na sequência de um ataque contra a sua residência, originou em forte conflito ideológico no PNR: «Por um lado houve um grupo de pessoas que matou um preto, mas depois esse grupo de pessoas era ele mesmo constituído por pretos... Ora porra, como é que um nacionalista há-de saber o que dizer numa situação destas?» Pinto Coelho adiantou ainda que o crime contra Nino Vieira havia provado que «o crime e a violência aumentam por culpa dos pretos», ao mesmo tempo que tinha atestado que «os pretos são a melhor solução para acabar com os criminosos», lamentando-se por hoje ser «um dia muito difícil para se ser racista e xenófobo».
O dirigente nacionalista considerou que o seu partido terá agora de realizar uma profunda reflexão em torno dos seus ideais. «Só espero que o possamos fazer em tranquilidade e que, entretanto, um grupo de decoradores de interiores ingleses não assassine o Elton John... Isso acabava com o que resta do PNR!», concluiu.
Etiquetas: Nacional