Processo Casa Pia perto do fim, mas arguidos defendem que o julgamento ainda é uma criança
24 novembro, 2008
Procurador do Ministério Público foi a figura do dia, mas arguidos também se fizeram notar.
Tiveram hoje início as alegações finais do processo de pedofilia da Casa Pia, mas apesar de o mesmo já durar há mais de cinco anos, há quem considere que não passou tempo demais. «Cinco aninhos? Ui, ainda tem pelo menos mais outros cinco pela frente até ficar no ponto», comentou o apresentador de televisão Carlos Cruz, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, antes de começar a chorar. Também Manuel Abrantes, antigo provedor da instituição, fez questão de esclarecer que, por ele, o processo teria demorado ainda mais tempo: «Recordei tantas boas lembranças nestes longos meses que durou o julgamento... Bons tempos, os que passei na Casa Pia, bons tempos. Hoje em dia, todos os meus parceiros sexuais têm barba».
Esta fase processual arrancou com a intervenção do procurador do Ministério Público João Aibéo, que discorreu longamente sobre a sua convicção da culpa dos arguidos, considerando-se o sujeito processual que lidou com mais factos. Esta afirmação motivou um dos momentos de maior agitação da manhã, com o ex-embaixador Jorge Ritto a pedir que lhe trocassem aquela frase «por miúdos». O antigo motorista Carlos Silvino ofereceu-se para o fazer, «como no antigamente», mas foi mandado calar pelo advogado Hugo Marçal. Outro episódio de particular tensão ocorreu quando a proprietária da famosa casa de Elvas, Gertrudes Marçal, se queixou de que a burca que usa há cerca de cinco anos não a deixava «ver puto».
Nas alegações apresentadas por Aibéo, foi destacado o depoimento do pedopsiquiatra Pedro Strecht, recordado pelo procurador como «uma pessoa que deu a cara», frase que provocou um evidente burburinho no banco dos arguidos, que sorriram e trocaram entre si várias frases em voz baixa, tornando impossível para a assistência perceber algo mais do que as palavras dar e cu.
João Aibéo terminou a sua intervenção lembrando que, com o arranque deste período decisivo para o desfecho do processo Casa Pia, é provável que venham a suceder-se posts diversos num elevado número de blogues sobre o caso, mas que dificilmente algum terá tantas referências subtis e parvas a pedofilia quanto este.
Tiveram hoje início as alegações finais do processo de pedofilia da Casa Pia, mas apesar de o mesmo já durar há mais de cinco anos, há quem considere que não passou tempo demais. «Cinco aninhos? Ui, ainda tem pelo menos mais outros cinco pela frente até ficar no ponto», comentou o apresentador de televisão Carlos Cruz, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, antes de começar a chorar. Também Manuel Abrantes, antigo provedor da instituição, fez questão de esclarecer que, por ele, o processo teria demorado ainda mais tempo: «Recordei tantas boas lembranças nestes longos meses que durou o julgamento... Bons tempos, os que passei na Casa Pia, bons tempos. Hoje em dia, todos os meus parceiros sexuais têm barba».
Esta fase processual arrancou com a intervenção do procurador do Ministério Público João Aibéo, que discorreu longamente sobre a sua convicção da culpa dos arguidos, considerando-se o sujeito processual que lidou com mais factos. Esta afirmação motivou um dos momentos de maior agitação da manhã, com o ex-embaixador Jorge Ritto a pedir que lhe trocassem aquela frase «por miúdos». O antigo motorista Carlos Silvino ofereceu-se para o fazer, «como no antigamente», mas foi mandado calar pelo advogado Hugo Marçal. Outro episódio de particular tensão ocorreu quando a proprietária da famosa casa de Elvas, Gertrudes Marçal, se queixou de que a burca que usa há cerca de cinco anos não a deixava «ver puto».
Nas alegações apresentadas por Aibéo, foi destacado o depoimento do pedopsiquiatra Pedro Strecht, recordado pelo procurador como «uma pessoa que deu a cara», frase que provocou um evidente burburinho no banco dos arguidos, que sorriram e trocaram entre si várias frases em voz baixa, tornando impossível para a assistência perceber algo mais do que as palavras dar e cu.
João Aibéo terminou a sua intervenção lembrando que, com o arranque deste período decisivo para o desfecho do processo Casa Pia, é provável que venham a suceder-se posts diversos num elevado número de blogues sobre o caso, mas que dificilmente algum terá tantas referências subtis e parvas a pedofilia quanto este.