Congresso do PCP aprova marxismo-leninismo-bimbysmo
30 novembro, 2008
Comunistas acreditam que a Bimby os pode levar ao poder.
Numa decisão histórica, os delegados ao XVIII Congresso Nacional do PCP aprovaram uma proposta que defendia juntar às - até agora intocáveis - teorias estruturantes de Marx e Lenine o potencial prático da Bimby. «Os camaradas Marx e Lenine continuam a ser as nossas referências, mas num mundo em que, nos últimos tempos, até o Sarkozy aplica medidas socialistas, é importante que nos afirmemos», declarou Jerónimo de Sousa, esclarecendo depois, em exclusivo para o Jornal do Fundinho: «A única forma de serem os comunistas a aplicar os ideais comunistas, ou seja, de chegarmos ao poder, é meter na Bimby a insatisfação do proletariado, a arrogância da burguesia, a união dos trabalhadores da cidade e do campo e a mentalidade revolucionária, e finalmente esperar cerca de 20 minutos, para obter uma deliciosa sociedade sem classes!»

O secretário-geral comunista explicou ainda que esta inesperada mudança nos alicerces da doutrina do PCP representa, na sua perspectiva, um triunfo: «Afinal, o PCP sempre teve razão, como reconhecem até os neoliberais. E agora que, com a aquisição de uma Bimby, passamos a dominar também os meios de produção, vamos ser imparáveis! Com o marxismo-leninismo-bimbysmo, vai ser o PCP a picar, ralar, cortar, bater, amassar, moer, triturar, pesar, emulsionar e cozinhar as políticas para o país». Depois de catalogar a Bimby como «a revolução mais pequena do mundo», Jerónimo de Sousa revelou ainda a sua esperança de que a nova doutrina dos comunistas portugueses lhe dê «mais tempo para fazer coisas para além da actividade partidária, como escrever poesia neo-relista ou fabricar protecções hidráulicas para sistemas de abastecimento de água».
Depois de dois dias de intervenções públicas, os delegados aprovaram ainda uma alteração ao hino do PCP, "A Internacional". «Alterámos a frase inicial, porque, agora com a Bimby, já não há propriamente vítimas da fome... Por isso, "A Internacional" vai passar a arrancar com 'De pé, ó pessoas que não são ainda proprietárias de uma Bimby'... Lixa um bocado a métrica, mas como a malta de Esquerda já está habituada às canções do Sérgio Godinho...», declarou o líder dos comunistas.
O XVIII Congresso do PCP – o primeiro desde a morte de Álvaro Cunhal – ficou também marcado por uma homenagem ao antigo líder, celebrado com um longo aplauso. Questionado sobre se Cunhal não desaprovaria a introdução da Bimby no ideário do partido, o actual secretário-geral reagiu com um entusiástico «Olhe que não! Olhe que não!»
Numa decisão histórica, os delegados ao XVIII Congresso Nacional do PCP aprovaram uma proposta que defendia juntar às - até agora intocáveis - teorias estruturantes de Marx e Lenine o potencial prático da Bimby. «Os camaradas Marx e Lenine continuam a ser as nossas referências, mas num mundo em que, nos últimos tempos, até o Sarkozy aplica medidas socialistas, é importante que nos afirmemos», declarou Jerónimo de Sousa, esclarecendo depois, em exclusivo para o Jornal do Fundinho: «A única forma de serem os comunistas a aplicar os ideais comunistas, ou seja, de chegarmos ao poder, é meter na Bimby a insatisfação do proletariado, a arrogância da burguesia, a união dos trabalhadores da cidade e do campo e a mentalidade revolucionária, e finalmente esperar cerca de 20 minutos, para obter uma deliciosa sociedade sem classes!»
Comunistas depositam esperanças na Bimby [foto E. Calhau]
O secretário-geral comunista explicou ainda que esta inesperada mudança nos alicerces da doutrina do PCP representa, na sua perspectiva, um triunfo: «Afinal, o PCP sempre teve razão, como reconhecem até os neoliberais. E agora que, com a aquisição de uma Bimby, passamos a dominar também os meios de produção, vamos ser imparáveis! Com o marxismo-leninismo-bimbysmo, vai ser o PCP a picar, ralar, cortar, bater, amassar, moer, triturar, pesar, emulsionar e cozinhar as políticas para o país». Depois de catalogar a Bimby como «a revolução mais pequena do mundo», Jerónimo de Sousa revelou ainda a sua esperança de que a nova doutrina dos comunistas portugueses lhe dê «mais tempo para fazer coisas para além da actividade partidária, como escrever poesia neo-relista ou fabricar protecções hidráulicas para sistemas de abastecimento de água».
Depois de dois dias de intervenções públicas, os delegados aprovaram ainda uma alteração ao hino do PCP, "A Internacional". «Alterámos a frase inicial, porque, agora com a Bimby, já não há propriamente vítimas da fome... Por isso, "A Internacional" vai passar a arrancar com 'De pé, ó pessoas que não são ainda proprietárias de uma Bimby'... Lixa um bocado a métrica, mas como a malta de Esquerda já está habituada às canções do Sérgio Godinho...», declarou o líder dos comunistas.
O XVIII Congresso do PCP – o primeiro desde a morte de Álvaro Cunhal – ficou também marcado por uma homenagem ao antigo líder, celebrado com um longo aplauso. Questionado sobre se Cunhal não desaprovaria a introdução da Bimby no ideário do partido, o actual secretário-geral reagiu com um entusiástico «Olhe que não! Olhe que não!»
Etiquetas: Nacional