Afinal Ferreira Leite não quer interrupção de seis meses na democracia
19 novembro, 2008
Diz que, depois de fazer as contas, consegue pôr toda a gente na linha em apenas quatro.
Depois de ter sugerido que podia ser positiva uma pausa de seis meses na democracia portuguesa, Manuela Ferreira Leite, reconheceu hoje, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, ter cometido um erro. «Cheguei a casa e sentei-me com um lápis e uma folha de papel à frente e, depois de fazer umas contas, concluí que afinal não preciso de mais de quatro meses para dizer como é que se faz e pôr ordem nesta coisa», declarou a presidente do PSD, acrescentando: «Eu não quero acabar com o sistema democrático, apenas interrompê-lo durante algum tempo e depois fazer o mesmo que eu defendo para os casamentos homossexuais, que é dar-lhe outro nome... Assim depois dos quatro meses, a democracia passava a chamar-se ditadura, e eu sou contra qualquer forma de ditadura! Por isso, nessa altura vinha aquilo a que eu chamaria democracia, aquele sistema em que eu mando em tudo e pronto».

No seguimento destas declarações, o secretário-geral do PSD convocou de imediato uma conferência de imprensa para defender que a líder do partido estava a ser irónica. Quando esclarecido pelos jornalistas de que ironia não é dizer exactamente o que se pensa, Luís Marques Guedes afirmou: «Ai não? Eh pá, então peço desculpa por vos ter feito perder tempo».
Quem também já reagiu às declarações de Ferreira Leite foi o primeiro-ministro José Sócrates, que as considerou inaceitáveis: «Interromper a democracia? Mas quando é que ela foi retomada? E quem é que fez isso sem eu ter dado ordem?»
Depois de ter sugerido que podia ser positiva uma pausa de seis meses na democracia portuguesa, Manuela Ferreira Leite, reconheceu hoje, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, ter cometido um erro. «Cheguei a casa e sentei-me com um lápis e uma folha de papel à frente e, depois de fazer umas contas, concluí que afinal não preciso de mais de quatro meses para dizer como é que se faz e pôr ordem nesta coisa», declarou a presidente do PSD, acrescentando: «Eu não quero acabar com o sistema democrático, apenas interrompê-lo durante algum tempo e depois fazer o mesmo que eu defendo para os casamentos homossexuais, que é dar-lhe outro nome... Assim depois dos quatro meses, a democracia passava a chamar-se ditadura, e eu sou contra qualquer forma de ditadura! Por isso, nessa altura vinha aquilo a que eu chamaria democracia, aquele sistema em que eu mando em tudo e pronto».

Ferreira Leite esclareceu posição sobre democracia [foto E. Calhau]
No seguimento destas declarações, o secretário-geral do PSD convocou de imediato uma conferência de imprensa para defender que a líder do partido estava a ser irónica. Quando esclarecido pelos jornalistas de que ironia não é dizer exactamente o que se pensa, Luís Marques Guedes afirmou: «Ai não? Eh pá, então peço desculpa por vos ter feito perder tempo».
Quem também já reagiu às declarações de Ferreira Leite foi o primeiro-ministro José Sócrates, que as considerou inaceitáveis: «Interromper a democracia? Mas quando é que ela foi retomada? E quem é que fez isso sem eu ter dado ordem?»
Etiquetas: Nacional