Media vão passar a determinar quais os grupos de jovens que são perigosos e violentos
19 setembro, 2008
Tomada de posição dos directores surgiu após reacção do Gabinete Coordenador de Segurança.
Depois da notícia publicada hoje sobre a instalação em Portugal de uma organização criminosa constituída por jovens brasileiros, e da posterior posição do Gabinete Coordenador de Segurança desvalorizando as actividades daquele grupo, os directores dos principais órgãos de comunicação nacionais reuniram-se de emergência e decidiram que vão passar a ser eles a determinar quais as associações de pessoas que constituem uma ameaça à paz social. «Onde é que já se viu ser a Polícia a estabelecer quem é ou não perigoso ou que grupos devem ou não ser seguidos atentamente? Provocar o alarme social, dizendo que qualquer ajuntamento de duas pessoas com sotaque esquisito ou tom de pele mais escuro é uma reunião de terroristas é uma função que pertence aos Media e que estes não deixarão ser prejudicada por essas manias das forças de segurança», afirmou José Eduardo Moniz, director da TVI, em exclusivo para o Jornal do Fundinho.
A posição hoje assumida pelos Media portugueses prevê ainda que será cada jornal, rádio ou televisão a decidir também, no momento que desejarem, a culpabilidade ou inocência de qualquer suspeito, bem como a duração da pena de prisão a ser aplicada em caso de condenação mediática. «Se não precisamos dos bófias, também não precisamos dos tribunais», sintetizou João Marcelino, director do Diário de Notícias, acrescentando que «isto vai ser bestial porque vamos poder determinar finalmente que o Carlos Cruz é pedófilo e que os McCann mataram mesmo a filha».
Estas decisões foram aprovadas pelos directores de todos os órgãos de comunicação, à excepção de José Manuel Fernandes, que se absteve. «Tenho de ir primeiro perguntar a algum dos meus editores qual é a minha opinião», justificou o responsável pelo jornal Público.
Depois da notícia publicada hoje sobre a instalação em Portugal de uma organização criminosa constituída por jovens brasileiros, e da posterior posição do Gabinete Coordenador de Segurança desvalorizando as actividades daquele grupo, os directores dos principais órgãos de comunicação nacionais reuniram-se de emergência e decidiram que vão passar a ser eles a determinar quais as associações de pessoas que constituem uma ameaça à paz social. «Onde é que já se viu ser a Polícia a estabelecer quem é ou não perigoso ou que grupos devem ou não ser seguidos atentamente? Provocar o alarme social, dizendo que qualquer ajuntamento de duas pessoas com sotaque esquisito ou tom de pele mais escuro é uma reunião de terroristas é uma função que pertence aos Media e que estes não deixarão ser prejudicada por essas manias das forças de segurança», afirmou José Eduardo Moniz, director da TVI, em exclusivo para o Jornal do Fundinho.
A posição hoje assumida pelos Media portugueses prevê ainda que será cada jornal, rádio ou televisão a decidir também, no momento que desejarem, a culpabilidade ou inocência de qualquer suspeito, bem como a duração da pena de prisão a ser aplicada em caso de condenação mediática. «Se não precisamos dos bófias, também não precisamos dos tribunais», sintetizou João Marcelino, director do Diário de Notícias, acrescentando que «isto vai ser bestial porque vamos poder determinar finalmente que o Carlos Cruz é pedófilo e que os McCann mataram mesmo a filha».
Estas decisões foram aprovadas pelos directores de todos os órgãos de comunicação, à excepção de José Manuel Fernandes, que se absteve. «Tenho de ir primeiro perguntar a algum dos meus editores qual é a minha opinião», justificou o responsável pelo jornal Público.
Etiquetas: Sociedade