Militante do Bloco viu ciclo de filmes de Moretti e não gostou de nenhum
22 agosto, 2008
Ciclo da RTP 2 dedicado ao cineasta italiano provoca crise sem precedentes no Bloco de Esquerda.
Bernardo do Povo, um desconhecido militante do Bloco de Esquerda, assumiu hoje que não tinha gostado de nenhum dos filmes de Nanni Moretti que foram exibidos esta semana pela RTP2, no âmbito de um ciclo dedicado ao cineasta. «Nunca tinha visto nenhum filme dele, mas isso nunca me tinha impedido de o considerar o melhor realizador europeu vivo», contou Povo, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, antes de acrescentar que «ao ver agora os filmes no único canal português que vejo, como bom intelectual de esquerda que sou, tenho de confessar que não achei piadinha nenhuma à coisa».
O militante bloquista admitiu mesmo que este facto lhe havia provocado uma profunda convulsão interior: «Continuo a acreditar no socialismo revolucionário e a ser contra o uso de gravatas, para além de continuar a considerar-me muito mais moderno do que um membro do PCP, mas não consigo compreender o que está errado comigo para não gostar dos filmes do Nanni Moretti».
As revelações de Povo provocaram um autêntico terramoto no BE, com muitos dirigentes surpreendidos pela mera possibilidade de haver um bloquista que não gosta do trabalho do realizador e actor italiano. Vários responsáveis avançam com a necessidade de um congresso extraordinário para determinar se é possível acreditar na sociedade sem classes e não gostar de Moretti. «Não acredito que alguém se possa afirmar de esquerda, muito menos da esquerda moderna, e não apreciar Nanni Moretti e o seu cinema feito de prazer e raiva, desespero dramático e delírio cómico, a um mesmo tempo azedo e doce, cruzando uma invulgar capacidade de introspecção com um posicionamento social interventivo e ético, que nos convoca a todos à acção e ao protesto... E olhe que eu acho isto tudo e da obra dele ainda só vi o trailer d"O Caimão"!», afirmou já Fernando Rosas.
Bernardo do Povo, um desconhecido militante do Bloco de Esquerda, assumiu hoje que não tinha gostado de nenhum dos filmes de Nanni Moretti que foram exibidos esta semana pela RTP2, no âmbito de um ciclo dedicado ao cineasta. «Nunca tinha visto nenhum filme dele, mas isso nunca me tinha impedido de o considerar o melhor realizador europeu vivo», contou Povo, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, antes de acrescentar que «ao ver agora os filmes no único canal português que vejo, como bom intelectual de esquerda que sou, tenho de confessar que não achei piadinha nenhuma à coisa».
O militante bloquista admitiu mesmo que este facto lhe havia provocado uma profunda convulsão interior: «Continuo a acreditar no socialismo revolucionário e a ser contra o uso de gravatas, para além de continuar a considerar-me muito mais moderno do que um membro do PCP, mas não consigo compreender o que está errado comigo para não gostar dos filmes do Nanni Moretti».
As revelações de Povo provocaram um autêntico terramoto no BE, com muitos dirigentes surpreendidos pela mera possibilidade de haver um bloquista que não gosta do trabalho do realizador e actor italiano. Vários responsáveis avançam com a necessidade de um congresso extraordinário para determinar se é possível acreditar na sociedade sem classes e não gostar de Moretti. «Não acredito que alguém se possa afirmar de esquerda, muito menos da esquerda moderna, e não apreciar Nanni Moretti e o seu cinema feito de prazer e raiva, desespero dramático e delírio cómico, a um mesmo tempo azedo e doce, cruzando uma invulgar capacidade de introspecção com um posicionamento social interventivo e ético, que nos convoca a todos à acção e ao protesto... E olhe que eu acho isto tudo e da obra dele ainda só vi o trailer d"O Caimão"!», afirmou já Fernando Rosas.
Etiquetas: Nacional