Estudantes do Ensino Superior contra Mariano Gago
29 novembro, 2007
Alunos dizem que matérias fundamentais estão a deixar de ser leccionadas.
Estudantes da Universidade do Porto (UP) manifestaram-se ontem contra a situação financeira do Ensino Superior em Portugal e o desinvestimento do Governo nesta área.
Em declarações exclusivas para o Jornal do Fundinho, António Valpaços, aluno da Faculdade de Letras da UP, revelou que «os cortes são de tal forma graves que na Faculdade de Letras deixou de ser usado o Pretérito-mais-que-perfeito, porque foi considerado um tempo verbal supérfluo». O estudante revelou ainda que na Faculdade de Desporto foi abolida dos currículos a marcha, «uma vez que a corrida permite chegar aos sítios mais depressa».
O ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, já veio dizer que «os cortes orçamentais não impedem o funcionamento das universidades, e eu teria todo o gosto em explicar porquê, mas como já nenhuma Faculdade de Economia do país ensina as operações matemáticas da multiplicação e divisão, ninguém iria perceber a minha explicação».
Apesar disso, a contestação ao Ministério parece não vir a diminuir nos próximos tempos. O Reitor da Universidade dos Açores admitiu já que a instituição pode vir a ter de adoptar medidas ainda mais drásticas do que a sua congénere do Porto. Avelino de Freitas Meneses confirmou notícias recentes que dão conta de graves problemas orçamentais e disse que, se tudo continuar assim, «podemos mesmo ter de acabar com o Pretério Perfeito ou mesmo com o Presente, o que poderá causar alguns problemas porque ficamos basicamente a depender do uso do Futuro para ensinar, por exemplo, História». Mariano Gago defende que este é o caminho do Ensino Superior: «Não devíamos gastar o dinheiro dos contribuintes a falar do que já aconteceu ou do que está a acontecer agora, mas do que vai ainda acontecer. E podemos mesmo apontar datas concretas, pois posso garantir que o orçamento das universidades irá sempre permitir manter a utilização dos meses do ano nas salas de aula».
Estudantes da Universidade do Porto (UP) manifestaram-se ontem contra a situação financeira do Ensino Superior em Portugal e o desinvestimento do Governo nesta área.
Em declarações exclusivas para o Jornal do Fundinho, António Valpaços, aluno da Faculdade de Letras da UP, revelou que «os cortes são de tal forma graves que na Faculdade de Letras deixou de ser usado o Pretérito-mais-que-perfeito, porque foi considerado um tempo verbal supérfluo». O estudante revelou ainda que na Faculdade de Desporto foi abolida dos currículos a marcha, «uma vez que a corrida permite chegar aos sítios mais depressa».
O ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, já veio dizer que «os cortes orçamentais não impedem o funcionamento das universidades, e eu teria todo o gosto em explicar porquê, mas como já nenhuma Faculdade de Economia do país ensina as operações matemáticas da multiplicação e divisão, ninguém iria perceber a minha explicação».
Apesar disso, a contestação ao Ministério parece não vir a diminuir nos próximos tempos. O Reitor da Universidade dos Açores admitiu já que a instituição pode vir a ter de adoptar medidas ainda mais drásticas do que a sua congénere do Porto. Avelino de Freitas Meneses confirmou notícias recentes que dão conta de graves problemas orçamentais e disse que, se tudo continuar assim, «podemos mesmo ter de acabar com o Pretério Perfeito ou mesmo com o Presente, o que poderá causar alguns problemas porque ficamos basicamente a depender do uso do Futuro para ensinar, por exemplo, História». Mariano Gago defende que este é o caminho do Ensino Superior: «Não devíamos gastar o dinheiro dos contribuintes a falar do que já aconteceu ou do que está a acontecer agora, mas do que vai ainda acontecer. E podemos mesmo apontar datas concretas, pois posso garantir que o orçamento das universidades irá sempre permitir manter a utilização dos meses do ano nas salas de aula».
Etiquetas: Sociedade