Estado Islâmico transformou refém em jornalista, patrões dos Media em Portugal há anos que fazem o contrário
29 outubro, 2014
Síndrome de estágio curricular é a nova síndrome de Estocolmo.
Depois de um repórter britânico ter começado a ser usado pelos jihadistas do Estado Islâmico para protagonizar vídeos para-noticiosos disponibilizados na Internet, os patrões dos órgãos de comunicação social portugueses não demoraram a comentar o assunto. «É fácil transformar um refém sem liberdade num jornalista que faz tudo o que lhe disserem», comentou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, Francisco Pinto Balsemão, para depois concluir que «difícil é transformar um jornalista com liberdade num refém que faz tudo o que lhes disserem... mas nunca subestimem o poder dos baixos salários e da precariedade».

Ainda segundo o presidente do grupo Impresa, «há anos que nos temos vindo a dedicar a este tipo de transformismo e temos sido muito bem-sucedidos». Balsemão argumentou até que o sucesso dos grandes grupos de comunicação social portugueses se pode medir pelo novo tipo de profissional que chega hoje às redações: «Há jornalistas que já nem precisam que os chefes lhes digam que têm de fazer notícias sobre a “Casa dos Segredos” ou sobre o murro que o Carrilho deu à Bárbara. Ainda no outro dia, houve um jovem que me viu a chegar à SIC e, do meio do nada, me perguntou: ‘Dr. Balsemão, quando é a sua próxima partida de golfe, que eu mal posso esperar para ir lá fazer uma reportagem?’»
Depois de um repórter britânico ter começado a ser usado pelos jihadistas do Estado Islâmico para protagonizar vídeos para-noticiosos disponibilizados na Internet, os patrões dos órgãos de comunicação social portugueses não demoraram a comentar o assunto. «É fácil transformar um refém sem liberdade num jornalista que faz tudo o que lhe disserem», comentou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, Francisco Pinto Balsemão, para depois concluir que «difícil é transformar um jornalista com liberdade num refém que faz tudo o que lhes disserem... mas nunca subestimem o poder dos baixos salários e da precariedade».

Balsemão com um refém... um jornalista! [foto E. Calhau]
Ainda segundo o presidente do grupo Impresa, «há anos que nos temos vindo a dedicar a este tipo de transformismo e temos sido muito bem-sucedidos». Balsemão argumentou até que o sucesso dos grandes grupos de comunicação social portugueses se pode medir pelo novo tipo de profissional que chega hoje às redações: «Há jornalistas que já nem precisam que os chefes lhes digam que têm de fazer notícias sobre a “Casa dos Segredos” ou sobre o murro que o Carrilho deu à Bárbara. Ainda no outro dia, houve um jovem que me viu a chegar à SIC e, do meio do nada, me perguntou: ‘Dr. Balsemão, quando é a sua próxima partida de golfe, que eu mal posso esperar para ir lá fazer uma reportagem?’»
Etiquetas: Artes+Media