SPA quer que portugueses que andaram a cantar “Grândola Vila Morena” também paguem a taxa anti-pirataria
22 março, 2013
Governo está muito recetivo à proposta.
Depois de ter sido um dos principais promotores do movimento para a criação de uma taxa sobre dispositivos de armazenamento – como discos rígidos, cartões de memória ou CDs –, a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) quer agora taxar também todos os portugueses que, nos últimos dois meses, entoaram a canção “Grândola Vila Morena” em manifestações e protestos contra membros do Governo. «Esta gente não se apercebe da falta de respeito para com os autores que é andar para aí a cantar canções. Ainda é pior do que gravá-las, porque cantadas toda a gente as ouve. Como se as canções tivessem sido escritas para serem cantadas, caramba», comentou o presidente daquela sociedade, José Jorge Letria, em exclusivo para o Jornal do Fundinho.
A SPA iniciou entretanto os necessários contactos para que esta medida seja incluída na nova redação da lei da cópia privada que o Governo já anunciou estar a preparar. De acordo com Letria, a recetividade tem sido a melhor: «Vê-se mesmo que o secretário de Estado da Cultura está muito empenhado. E não é só ele, porque foram os próprios Pedro Passos Coelho e Miguel Relvas que insistiram para que, neste caso do “Grândola Vila Morena”, até para a prisão os prevaricadores fossem. Tudo em defesa dos autores e da cultura, achei muito bonito».
Tal como acontecerá para os suportes de armazenamento, deverão existir também neste caso patamares a partir dos quais a taxa a aplicar sofrerá uma redução. Assim, alguém que tenha cantado a canção de José Afonso menos de cinco vezes durante um mês pagará mais do que alguém que o tenha feito pelo menos 50 vezes no mesmo espaço de tempo, exceto se tiver também entoado em pelo menos uma dezena de situações “O Povo Unido”, “A Internacional” e “Somos Livres”. A taxa sobre “Grândola Vila Morena” não será cobrada aos portugueses que cantaram a versão celebrizada por Miguel Relvas, em que a letra é «Acho que podemos cantar todos, não? / Ó cidade / O povo é quem mais ordena / Podemos cantar todos / Ó cid... / O povo é quem mais ordena / Cidá... / Dáde / Rena / Da fraternidade».
Depois de ter sido um dos principais promotores do movimento para a criação de uma taxa sobre dispositivos de armazenamento – como discos rígidos, cartões de memória ou CDs –, a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) quer agora taxar também todos os portugueses que, nos últimos dois meses, entoaram a canção “Grândola Vila Morena” em manifestações e protestos contra membros do Governo. «Esta gente não se apercebe da falta de respeito para com os autores que é andar para aí a cantar canções. Ainda é pior do que gravá-las, porque cantadas toda a gente as ouve. Como se as canções tivessem sido escritas para serem cantadas, caramba», comentou o presidente daquela sociedade, José Jorge Letria, em exclusivo para o Jornal do Fundinho.

José Jorge Letria não larga a taxa [foto E. Calhau]
A SPA iniciou entretanto os necessários contactos para que esta medida seja incluída na nova redação da lei da cópia privada que o Governo já anunciou estar a preparar. De acordo com Letria, a recetividade tem sido a melhor: «Vê-se mesmo que o secretário de Estado da Cultura está muito empenhado. E não é só ele, porque foram os próprios Pedro Passos Coelho e Miguel Relvas que insistiram para que, neste caso do “Grândola Vila Morena”, até para a prisão os prevaricadores fossem. Tudo em defesa dos autores e da cultura, achei muito bonito».
Tal como acontecerá para os suportes de armazenamento, deverão existir também neste caso patamares a partir dos quais a taxa a aplicar sofrerá uma redução. Assim, alguém que tenha cantado a canção de José Afonso menos de cinco vezes durante um mês pagará mais do que alguém que o tenha feito pelo menos 50 vezes no mesmo espaço de tempo, exceto se tiver também entoado em pelo menos uma dezena de situações “O Povo Unido”, “A Internacional” e “Somos Livres”. A taxa sobre “Grândola Vila Morena” não será cobrada aos portugueses que cantaram a versão celebrizada por Miguel Relvas, em que a letra é «Acho que podemos cantar todos, não? / Ó cidade / O povo é quem mais ordena / Podemos cantar todos / Ó cid... / O povo é quem mais ordena / Cidá... / Dáde / Rena / Da fraternidade».
Etiquetas: Artes+Media