Depois de ter revelado que só três pessoas e um periquito foram à manifestação de ontem, Público contrata ex-ministro da Informação de Saddam para diretor
03 março, 2013
Al-Sahhaf já determina linha editorial do diário e garante que está tudo bem.
Primeiro, foi a notícia sobre a adesão de apenas três pessoas (um comunista, um sindicalista e um panisga) e um periquito à manifestação de ontem, no Terreiro do Paço, contra o Governo e as medidas de austeridade. Depois, o artigo sobre o facto de a mesma não ter obtido destaque na imprensa internacional porque não foi escolhida como hino uma canção do híper-talentoso hipster B Fachada. Mas agora, o jornal Público surpreende ainda mais, ao anunciar que passará a ser dirigido por Mohammed Saeed Al-Sahhaf, ministro da Informação do Iraque no tempo de Saddam Hussein.

O próprio Al-Sahhaf confirmou a novidade em exclusivo para o Jornal do Fundinho, dando conta de que foi já ele a orientar as abordagens do jornal nos últimos tempos. «É importante que o Público ajude os portugueses a perceberem que está tudo bem. Não há protestos em Lisboa, nem no Porto nem em lado nenhum. Ontem, no Terreiro do Paço, o único problema que eu vi foi que a meio da tarde acabou a mostarda numa das roulotes de cachorros-quentes», afirmou.
Primeiro, foi a notícia sobre a adesão de apenas três pessoas (um comunista, um sindicalista e um panisga) e um periquito à manifestação de ontem, no Terreiro do Paço, contra o Governo e as medidas de austeridade. Depois, o artigo sobre o facto de a mesma não ter obtido destaque na imprensa internacional porque não foi escolhida como hino uma canção do híper-talentoso hipster B Fachada. Mas agora, o jornal Público surpreende ainda mais, ao anunciar que passará a ser dirigido por Mohammed Saeed Al-Sahhaf, ministro da Informação do Iraque no tempo de Saddam Hussein.

«Manifestantes? We will crush them», diz Al-Sahhaf [foto E. Calhau]
O novo diretor terá como função principal a mesma que já cabia à anterior responsável, Bárbara Reis: ajudar o diretor de facto, Miguel Relvas, a garantir que os jornalistas do Público não escrevem notícias que o incomodem, nomeadamente retirando-o do seu sossego para fazer telefonemas para que eles sejam despedidos.
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