Santos Pereira suspeito de se fazer passar por ministro da Economia
14 maio, 2012
Atos do falso ministro podem ser nulos... ainda mais nulos.
Álvaro Santos Pereira está a ser investigado por suspeitas de, no último ano, se ter feito passar por ministro da Economia de Portugal em diversas ocasiões. «Eu vi-o a prever o fim da crise em 2012 e isto mais parece mas é o fim do mundo, a anunciar uma linha ferroviária europeia que afinal não tem continuação em Espanha, a defender franchisings de pastéis de nata para salvar a economia, a proclamar para este ano o fim de feriados que só vão acabar para o ano e se o Papa deixar... isto é o pior caso de usurpação de funções de que eu tenho memória», denunciou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, Agostinho Caridade, o falso padre de Braga.
A desconfiança em torno de Santos Pereira começou a surgir logo após a sua tomada de posse, quando diversos outros membros do Governo foram ouvidos a repetir a frase «Álvaro quem?» As investigações, no entanto, só começaram no dia em que o alegado falso ministro pediu aos jornalistas para o tratarem apenas por Álvaro. «Isso lá pode ser, um político que não quer ser tratador por ‘sôtor’? Há presidentes de câmara que têm a primária incompleta e exigem que os chamem de ‘senhor professor’ e este tipo só quer ser Álvaro?», explicou Caridade, comparando com o seu caso pessoal: «Isso era como se eu, quando me fiz passar por padre, não tivesse tido três filhos ilegítimos... Ninguém acreditaria em mim!»

Tendo-se apresentado como doutorado pela Simon Fraser University, de Vancouver, Santos Pereira terá conseguido que ninguém verificasse as suas habilitações mostrando diversas fotografias que tirou com a Luiza, que está no Canadá. O seu ar bonacheirão, as suas tiradas que faziam com que as notícias praticamente se escrevessem sozinhas e o facto de trabalhar ser uma coisa que cansa contribuíram para que também nenhum jornalista o tenha reconhecido como burlão.
Caso se confirme que Álvaro Santos Pereira se fez passar, de facto, por ministro da Economia, os partidos da oposição deverão pedir a nulidade dos seus atos, pelo que seria imperioso obter a reação de um constitucionalista respeitado. No entanto, como estávamos ao pé de Agostinho Caridade, optámos por pedir-lhe que se fizesse passar por um. «Resulta claro da Constituição que tudo o que seja fruto da ação de um falso ministro não tem validade. Por sorte, em quase doze meses, o Santos Pereira não fez nada», clarificou o nosso reputado especialista.
Álvaro Santos Pereira está a ser investigado por suspeitas de, no último ano, se ter feito passar por ministro da Economia de Portugal em diversas ocasiões. «Eu vi-o a prever o fim da crise em 2012 e isto mais parece mas é o fim do mundo, a anunciar uma linha ferroviária europeia que afinal não tem continuação em Espanha, a defender franchisings de pastéis de nata para salvar a economia, a proclamar para este ano o fim de feriados que só vão acabar para o ano e se o Papa deixar... isto é o pior caso de usurpação de funções de que eu tenho memória», denunciou, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, Agostinho Caridade, o falso padre de Braga.
A desconfiança em torno de Santos Pereira começou a surgir logo após a sua tomada de posse, quando diversos outros membros do Governo foram ouvidos a repetir a frase «Álvaro quem?» As investigações, no entanto, só começaram no dia em que o alegado falso ministro pediu aos jornalistas para o tratarem apenas por Álvaro. «Isso lá pode ser, um político que não quer ser tratador por ‘sôtor’? Há presidentes de câmara que têm a primária incompleta e exigem que os chamem de ‘senhor professor’ e este tipo só quer ser Álvaro?», explicou Caridade, comparando com o seu caso pessoal: «Isso era como se eu, quando me fiz passar por padre, não tivesse tido três filhos ilegítimos... Ninguém acreditaria em mim!»

Luiza e Álvaro, que estavam no Canadá [foto E. Calhau]
Tendo-se apresentado como doutorado pela Simon Fraser University, de Vancouver, Santos Pereira terá conseguido que ninguém verificasse as suas habilitações mostrando diversas fotografias que tirou com a Luiza, que está no Canadá. O seu ar bonacheirão, as suas tiradas que faziam com que as notícias praticamente se escrevessem sozinhas e o facto de trabalhar ser uma coisa que cansa contribuíram para que também nenhum jornalista o tenha reconhecido como burlão.
Caso se confirme que Álvaro Santos Pereira se fez passar, de facto, por ministro da Economia, os partidos da oposição deverão pedir a nulidade dos seus atos, pelo que seria imperioso obter a reação de um constitucionalista respeitado. No entanto, como estávamos ao pé de Agostinho Caridade, optámos por pedir-lhe que se fizesse passar por um. «Resulta claro da Constituição que tudo o que seja fruto da ação de um falso ministro não tem validade. Por sorte, em quase doze meses, o Santos Pereira não fez nada», clarificou o nosso reputado especialista.
Etiquetas: Economia