Representantes do FMI em Portugal em 1977 e 1983 já praxaram elementos da nova comitiva
12 abril, 2011
Comissão de resgate já terá iniciado reuniões com o Governo.
Os técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia, que vão analisar a situação da economia portuguesa para determinar o valor exato da assistência financeira pedida pelo Governo, começaram hoje o seu trabalho mas já estão desde ontem em Lisboa. A chegada antecipada teve como objetivo permitir que os caloiros fossem praxados, como é da tradição, pelos doutores das turmas de 1977 e 1983 das intervenções do FMI em Portugal.
«Foi espetacular! Andámos ali na zona do Terreiro do Paço a gritar “Aqui vai o FMI, chegámos agora aqui para cortar tudo rente! É a malta do caralho, a quem tem o maior vergalho e vai foder toda a gente!” Adorei», relatou Poul Thomsen, em exclusivo para o Jornal do Fundinho. O negociador dinamarquês, que chefia a missão, contou também que a praxe teve início ainda no Aeroporto da Portela, com os veteranos a receberem os seus sucessores com gritos de «E esta merda é toda nossa, olé, olé!»

Mas nem todos os elementos da delegação tripartida FMI/BCE/Comissão Europeia partilharam do mesmo entusiasmo, com alguns a queixarem-se mesmo de abusos. «Houve situações mais fortes, nomeadamente as de cariz sexual... mas piadas e brincadeiras em torno da genitália são normais quando temos um grupo de homens que se junta para cortar os tomates a um país», argumentou Thomsen, reconhecendo, no entanto, «que obrigar os caloiros a meter a mão em bosta de vaca pode ter alguma piada, mas obrigá-los a apertar a mão ao José Sócrates e ao Teixeira dos Santos é, de facto, violência gratuita».
As reuniões da comissão de resgate com os responsáveis pelas Finanças nacionais começaram ao início da tarde de hoje, mas existem rumores de se ter tratado de uma reunião-fantasma, organizada pela trupe do Governo de 1983, liderada por Mário Soares. Ainda assim, espera-se que a partida praxista não coloque em causa o calendário definido: no final de maio deverá chegar a primeira tranche de ajuda a Portugal, em junho entra em ação o programa de três anos e em julho Portugal torna-se subitamente num dos países mais ricos do mundo após a tomada de posse de Vale e Azevedo como ministro das Finanças.
Os técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia, que vão analisar a situação da economia portuguesa para determinar o valor exato da assistência financeira pedida pelo Governo, começaram hoje o seu trabalho mas já estão desde ontem em Lisboa. A chegada antecipada teve como objetivo permitir que os caloiros fossem praxados, como é da tradição, pelos doutores das turmas de 1977 e 1983 das intervenções do FMI em Portugal.
«Foi espetacular! Andámos ali na zona do Terreiro do Paço a gritar “Aqui vai o FMI, chegámos agora aqui para cortar tudo rente! É a malta do caralho, a quem tem o maior vergalho e vai foder toda a gente!” Adorei», relatou Poul Thomsen, em exclusivo para o Jornal do Fundinho. O negociador dinamarquês, que chefia a missão, contou também que a praxe teve início ainda no Aeroporto da Portela, com os veteranos a receberem os seus sucessores com gritos de «E esta merda é toda nossa, olé, olé!»

Poul Thomsen já foi praxado [foto E. Calhau]
Mas nem todos os elementos da delegação tripartida FMI/BCE/Comissão Europeia partilharam do mesmo entusiasmo, com alguns a queixarem-se mesmo de abusos. «Houve situações mais fortes, nomeadamente as de cariz sexual... mas piadas e brincadeiras em torno da genitália são normais quando temos um grupo de homens que se junta para cortar os tomates a um país», argumentou Thomsen, reconhecendo, no entanto, «que obrigar os caloiros a meter a mão em bosta de vaca pode ter alguma piada, mas obrigá-los a apertar a mão ao José Sócrates e ao Teixeira dos Santos é, de facto, violência gratuita».
As reuniões da comissão de resgate com os responsáveis pelas Finanças nacionais começaram ao início da tarde de hoje, mas existem rumores de se ter tratado de uma reunião-fantasma, organizada pela trupe do Governo de 1983, liderada por Mário Soares. Ainda assim, espera-se que a partida praxista não coloque em causa o calendário definido: no final de maio deverá chegar a primeira tranche de ajuda a Portugal, em junho entra em ação o programa de três anos e em julho Portugal torna-se subitamente num dos países mais ricos do mundo após a tomada de posse de Vale e Azevedo como ministro das Finanças.
Etiquetas: Economia, F(undinho)MI