«Queremos subsídios sempre altos, na arte toda, o ano inteiro»: artistas reagem a aumento de verbas para a cultura
15 fevereiro, 2011
Protagonistas culturais não querem saber de promoções, Canavilhas quer passar-lhes cartão.
José Sócrates anunciou hoje um reforço de verbas para a cultura na ordem dos cinco milhões de Euros, depois dos anteriormente anunciados cortes de 23% no apoio ao setor, numa medida que, para já, está a provocar desconfiança entre a comunidade artística. Bertolino Bessa, diretor do Teatro Tão Experimental Que Nem Nós Assistimos às Peças da Baixa da Banheira, manifestou as suas cautelas, em exclusivo para o Jornal do Fundinho: «Primeiro, aumenta-se o subsídio de um lado... Mas quando se aumenta de um lado, baixa-se do outro. Aumenta-se de um lado, baixa-se do outro! E quando faz as contas, se calhar perdeu-se mais do que ganhou».
Para Bessa, «a cultura precisa de um Governo que promova uma política de subsídios altos, na arte toda, o ano inteiro... um Governo com zero de incertezas, zero de preocupações». A ideia, de resto, colheu de imediato a concordância de várias personalidades ligadas aos vários campos da cultura, tendo sido criado um verdadeiro movimento de contestação, que até já tem hino. Este foi composto por Pedro Abrunhosa, numa ida ao quarto de banho (o mesmo que acontece com todas as suas canções, portanto), e fala de um sistema cultural em que «não há talão, cartão ou promoção», em que «o subsídio é alto o ano inteiro» e em que «ser artista dá mais dinheiro».
Quem já reagiu foi a ministra da Cultura, que, depois admitir que gosta de «músicas simpáticas e divertidas», afirmou que prefere «ter mais dinheiro no bolso no final do mês, para poder organizar um recitalzito, nem que vão só os meus amigos». Gabriela Canavilhas acabou mesmo por questionar «quem é que não gosta de subsídios?»
José Sócrates anunciou hoje um reforço de verbas para a cultura na ordem dos cinco milhões de Euros, depois dos anteriormente anunciados cortes de 23% no apoio ao setor, numa medida que, para já, está a provocar desconfiança entre a comunidade artística. Bertolino Bessa, diretor do Teatro Tão Experimental Que Nem Nós Assistimos às Peças da Baixa da Banheira, manifestou as suas cautelas, em exclusivo para o Jornal do Fundinho: «Primeiro, aumenta-se o subsídio de um lado... Mas quando se aumenta de um lado, baixa-se do outro. Aumenta-se de um lado, baixa-se do outro! E quando faz as contas, se calhar perdeu-se mais do que ganhou».
Para Bessa, «a cultura precisa de um Governo que promova uma política de subsídios altos, na arte toda, o ano inteiro... um Governo com zero de incertezas, zero de preocupações». A ideia, de resto, colheu de imediato a concordância de várias personalidades ligadas aos vários campos da cultura, tendo sido criado um verdadeiro movimento de contestação, que até já tem hino. Este foi composto por Pedro Abrunhosa, numa ida ao quarto de banho (o mesmo que acontece com todas as suas canções, portanto), e fala de um sistema cultural em que «não há talão, cartão ou promoção», em que «o subsídio é alto o ano inteiro» e em que «ser artista dá mais dinheiro».
Quem já reagiu foi a ministra da Cultura, que, depois admitir que gosta de «músicas simpáticas e divertidas», afirmou que prefere «ter mais dinheiro no bolso no final do mês, para poder organizar um recitalzito, nem que vão só os meus amigos». Gabriela Canavilhas acabou mesmo por questionar «quem é que não gosta de subsídios?»
Etiquetas: Artes+Media