Constâncio diz que talvez existam algumas pequenas irregularidades no BPN
13 novembro, 2008
Críticas sobem de tom, mas governador mantém-se inflexível.
O governador do Banco de Portugal revelou hoje, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, que tem «uma impressão que talvez se passem uma ou duas coisitas estranhas no BPN». Vítor Constâncio preferiu, porém, manter-se prudente: «Não quero com isto dizer que a falcatrua impere há anos e anos naquela instituição bancária, que os sucessivos directores tenham usado e abusado de arbitrariedades, que o banco tenha ocultado a existência de uma sua instituição em Cabo Verde, que tivesse mantido créditos e activos não registados em nenhuma entidade e realizado diversas operações clandestinas, ou desviado milhões de Euros através de veículos off-shore... Não consigo ver nada que me indique isso, só me cheira um bocadinho a esturro».
Confrontado com o facto de terem sido as evidentes irregularidades verificadas no BPN que levaram à sua nacionalização, Constâncio considerou que a decisão «talvez tenha sido um bocadinho prematura, talvez devêssemos ter esperado mais algum tempo, coisa pouca, só mais quatro ou cinco anos, só para termos a certeza do que se passava». O governador do Banco de Portugal diz que, mesmo assim, se vai manter atento para evitar problemas futuros e que, caso sinta a necessidade, admite mesmo «fazer alguma coisa, não sei ainda muito bem o quê, mas se calhar algo ao nível de mexer o rabo do cadeirão».
Vítor Constâncio reiterou ainda que não encontra razões para se demitir, ao contrário do que tem sido exigido pelos partidos da oposição. «Nas minhas funções, é evidente que devo intervir sempre que se verifiquem irregularidades graves no sistema financeiro. Mas desafio os meus críticos a mostrarem-me onde é que está escrito que não posso levar uma década ou duas até o fazer!», declarou, visivelmente irritado.
O governador do Banco de Portugal revelou hoje, em exclusivo para o Jornal do Fundinho, que tem «uma impressão que talvez se passem uma ou duas coisitas estranhas no BPN». Vítor Constâncio preferiu, porém, manter-se prudente: «Não quero com isto dizer que a falcatrua impere há anos e anos naquela instituição bancária, que os sucessivos directores tenham usado e abusado de arbitrariedades, que o banco tenha ocultado a existência de uma sua instituição em Cabo Verde, que tivesse mantido créditos e activos não registados em nenhuma entidade e realizado diversas operações clandestinas, ou desviado milhões de Euros através de veículos off-shore... Não consigo ver nada que me indique isso, só me cheira um bocadinho a esturro».
Confrontado com o facto de terem sido as evidentes irregularidades verificadas no BPN que levaram à sua nacionalização, Constâncio considerou que a decisão «talvez tenha sido um bocadinho prematura, talvez devêssemos ter esperado mais algum tempo, coisa pouca, só mais quatro ou cinco anos, só para termos a certeza do que se passava». O governador do Banco de Portugal diz que, mesmo assim, se vai manter atento para evitar problemas futuros e que, caso sinta a necessidade, admite mesmo «fazer alguma coisa, não sei ainda muito bem o quê, mas se calhar algo ao nível de mexer o rabo do cadeirão».
Vítor Constâncio reiterou ainda que não encontra razões para se demitir, ao contrário do que tem sido exigido pelos partidos da oposição. «Nas minhas funções, é evidente que devo intervir sempre que se verifiquem irregularidades graves no sistema financeiro. Mas desafio os meus críticos a mostrarem-me onde é que está escrito que não posso levar uma década ou duas até o fazer!», declarou, visivelmente irritado.
Etiquetas: Economia